Oblíquo

Algo de sensacional poderia estar(ou está?)
acontecendo agora mesmo num determinado ponto qualquer do universo! Ponto inicial de uma controvérsia inigualável de subjetividades. A questão do comportamento oblíquo do ser nos transporta para ínterins tão desgastantes, capazes de fazer com que um determinado assunto qualquer tome vias intermináveis e deságüe numa imensidão de palavras repetitivas sem sentido nenhum.
Gostaria de não poder contar com o senso comum de pessoas comuns; não que isso me seja interessante, tampouco sou uma pessoa direta com as palavras, para ser mais exato sou prolixo.
Mas quem já não se viu assim? A prolixidade é tão sublime, de repente nos vemos falando sobre certos assuntos que achávamos que não dominávamos e isso é tão bom nos sentimos capazes, quer dizer, somos capazes, mas no decorrer de nossas vidas somos bombardeados por tanto negativismo que ficamos amorfos a qualquer atitude.
O poeta Fernando Pessoa, um dos mas geniosos de todos os tempos, era, na minha modesta opinião, um grande prolixo, brincando sempre com as palavras, fazendo delas seu meio de expressão mais sagaz e ardil. Estou começando – peço desculpa pela demora – a entender esse poeta; seus heterônimos me fascinam, gostaria que todos tivessem acesso aos poemas filosóficos de Pessoa, a leitura desses textos criariam um ponto de interrogação tão grande, criaria um sentido mais amplo na simples vida que o ser-humano carrega pensando que é o dono das coisas.
Sentir a existência das pequenas coisas, das ambigüidades das vida.

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