duas fotos: jonilson

a primeira imagem foi feita por volta das 15 horas, a segunda lá pelas 9 da manhã...



TREM - jonilson


essa é a porta do trem q circula pela linha f, brás - calmon vianna. um lixo total, e olha que esse trem até que estava bom. risível e medíocre.

Tropa de Elite é uma armadilha... - Cacá Mendes

Cacá Mendes
Produtor cultural, escritor e audiovisualista
c_mendes2001@yahoo.com.br

Tropa de Elite é uma armadilha, tanto para o público como para o seu diretor, José Padilha, e penso que ele só se deu conta disso, obviamente, depois de montado o filme. Claro, previu isso, sim. Argumento e roteiro são justamente o que norteará as imagens e construirá o universo proposto. A mídia, provocada pelo lançamento do filme, suscitou uma polêmica e, conseqüentemente, um debate poucas vezes visto na história desse país (parafraseando o nosso presidente) em torno de uma película. Arriscaria dizer, o filme detém qualidades de outros grandes filmes brasileiros, todavia o seu sucesso não se faria se não tratasse de tema tão atual e (des)necessário como é a violência urbana. Na verdade, a grande estrela do filme é a violência, mas não seria se não tivesse sido colocada lá com competência. Cujo mérito, tanto da parte da atuação dos atores e da equipe – e digo equipe, desde a mais humilde função dos bastidores à performance assustadora de Wagner Moura (já testado e aprovado em filmes como 'Cidade Baixa', de Sérgio Machado – Brasil/2005), na pele do capitão/narrador.

A agilidade do filme, o ritmo alucinante dos pipocos de balas e luzes de armas de fogo, combinados com uma montagem que mixa multiplicidade de informações visuais, tão rápidas e assustadoras como um pesadelo, atrelados a uma narração mórbida, do ponto de vista de quem tortura e mata em nome da ordem... um universo vai-se construindo e a narrativa (aqui não tem como!) imagética diz uma coisa, e a narrativa textual diz outra: as imagens, mesmo aceleradas, denunciam o impetuoso Capitão Nascimento (porque dele se nasce! Literalmente, os novos componentes da Tropa, o filho por vir e, claro, grande parte da violência daquele universo), e o seu texto falado o denota como quase um pacato policial preocupado com o combate ao crime, o nascimento do filho e a contradição do amigo e pupilo Matias, que o irá substituir nos próximos dias. Ou seja, a empatia pelo que se denota de bom nessa fala e o horror evidente vão duelando na cabeça do público... E ele, espectador, se pergunta: sou mocinho ou sou bandido, de que lado eu fico? Tem lado? Flagrante decepção: não tem lado à vista, o filme. Já pode ser um alívio; a obra posta não optou por nenhum, por ninguém, apenas mostrou ou, como quiser, denunciou, abriu uma janela e disse, olhe e veja o horror.

Ledo engano os ivos, as marias, os josés etc... De um lado, para algum lado esse autor (chamemos assim o diretor) puxou o peixe, ou tentou. Não há neutralidade. E isso que fica difícil, às vezes, de detectar. Creio que ele está do lado dos justos, mas o difícil é controlar "justos" na tela que se estende aos olhos da turba sedenta... E aí, a armadilha parece pegar a todos nós, como essa realidade (im)posta em nosso país. Seremos devorados por ela? Apressadamente, ou demoradamente, eu não vejo maldade nenhuma no diretor (pelo contrário), mas esperar que o ponto de vista dessa polícia, mesmo ali resumida, numa tela, a quem é incumbido de nos contar os seus próprios horrores, não seria simpático ao espectador é acreditar quase nada ou nada mesmo no poder da estrutura narrativa cinematográfica, inclusive com direito à catarse ( do Grego Kátharsis - purificação, purgação e evacuação) no final, com um tiro na cara da platéia... a que morre no lugar do bandido, a omissa, a também consumidora de droga, a que dá trabalho, literalmente, aos policiais. A CULPADA.

O não-herói que deu um perdido no seu criador! Inclusive, abonando um dos seus pupilos a dar luz (leia-se óculos) ao garoto da comunidade que tinha problemas com as vistas. Daí, morreu o cara desse combate, tentando que o garoto pudesse enxergar outro caminho... É pirar demais? Está lá, as imagens mostram isso. São símbolos, e não foram inventados por mim, nem tampouco agora.

Em tempo e resumindo e não entrando em outros detalhes, para que isso seja lido até o fim por quem por aqui se adentrar, tive notícias e tenho de que as crianças que viram a cópia pirata estão adorando o filme.... O meu filho de 13 anos está doido para assisti-lo. Para refletir: será que eles vão entender e debater como nós, os adultos? Terão essa oportunidade? O meu eu cuido... Vamos duvidar, a dúvida ainda é um remédio.

Afinal, o filme é bandido ou mocinho? Bandido ou mocinho, ele é nosso, brasileiro, e temos que assumir, seja lá a que preço.

brincadeiras no parque - jonilson (texto e fotos)

a satisfação de brincar:











Brincar. Uma coisa tão natural, tão orgânica. Mas parece que algumas brincadeiras foram se perdendo no tempo; os brinquedos eletrônicos invadiram a vida de quase todos e determinaram algumas novas regras na brincadeira. Algumas crianças simplesmente não sabem mais brincar, nem tampouco fabricar seus brinquedos.
Cresci num bairro da periferia e minha infância foi rica em brincar, criar e fazer novos brinquedos. Fazia de tudo, desde carrinhos de rolimã (esses com uma tecnologia um pouco mais avançada), carrinhos com latas cheias de areia, pernas de pau, pião, até fliperama com madeira e bolinha de gude; estas também com sua própria dinâmica nas brincadeiras.
Já há algum tempo fui convidado por uma amiga, Lindalva, e por um amigo, Adriano, a fotografar o trabalho que eles estavam desenvolvendo através do projeto Brincadeiras em Espaços Públicos; este projeto está ligado a uma ONG internacional chamada Aliança pela Infância, também a ONG Monte Azul, e visa a recuperação das brincadeiras em espaços como praças, parques e onde houver crianças. No nosso caso o projeto aconteceu no Parque Chácara das Flores, entre os bairros de Itaim Paulista e Guaianazes.
Infelizmente o projeto não conta com a verba adequada para acontecer todo mês, o que seria recomendável, pois a participação na comunidade tem como foco a integração dos monitores com as crianças e as mães e pais destas. Mas isso é uma outra história da já conhecida burocracia e o poder público também não mostra muito interesse.
Pois bem, nesse Domingo, 27 de outubro, estivemos no Chácara das Flores e mais uma vez fomos muito bem recebidos pelos usuários do parque. As crianças como sempre se deliciaram (e nós também) com as brincadeiras; foram horas agradáveis correndo, pulando e andando sobre latas e perna-de-pau, pulando corda, rodando bambolê, fazendo cama-de-gato e sorrindo; sorrindo muito. E no final do dia encerramos a festa com uma grande roda de ciranda.
Para mim foi algo a mais na vida, mais uma experiência de como muitas coisas podem ser possíveis e nada é tão violento assim como pregam muitas mídias por aí. Um domingo no parque com felicidade e transbordo de alegrias coletivas. Só tenho que agradecer aos meus amigos e aquelas crianças por me devolveram por algumas horas a minha infância, que de alguma maneira arde dentro do meu ser adulto, e de vez em quando vem à tona, como que dizendo: não se esqueça, e não me esqueço.

O CINECLUBE PÓLIS ESTARÁ NA PROGRAMAÇÃO DO CICLO DE DEBATES CULTURA E CONHECIMENTO LIVRES

O CINECLUBE PÓLIS ESTARÁ NA PROGRAMAÇÃO
DO CICLO DE DEBATES CULTURA E CONHECIMENTO LIVRES


Nos dias 25 (quinta-feira) e 30 (terça-feira) de outubro o Cineclube Pólis fará parte das atividades culturais do ciclo de debates "Conhecimento e Cultura Livres: Disputas, Práticas e Idéias", promovido pela Ação Educativa e o Coletivo Epidemia.
Na programação está a pré-estréia do longa metragem "Bom Dia Eternidade" de Rogério Moura e os curta-metragens "Imagens de uma Vida Simples" e "Paralelo: Espasmos de Realidade" do Núcleo de Comunicação Alternativa (NCA), "Vaguei nos Livros e Me Sujei com a M... Toda" da Edições Toró, "Poeira" do Coletivo Arte na Periferia Produções e "2 meses e 23 minutos" de Rogério Pixote do Cine Becos.

PROGRAMAÇÃO:
Dia 25/10, quinta-feira
CEU Itaim Paulista - R. Daniel Muller, 34, Chácara Dona Olivia
17:00 - Imagens de uma Vida Simples (NCA)
17:30 - Vaguei nos Livros e me Sujei com a M... Toda (Edições Toró)
18:00 - Bom Dia Eternidade (Rógerio Moura) - PRÉ-ESTRÉIA

Dia 30/10, terça-feira
Centro Cultural da Juventude - AV. Deputado Emílio Carlos, 3641, Vila Nova Cachoeirinha
17:00 - Paralelo: Espasmos de Realidade (NCA)
17:30 - Poeira (Arte na Periferia Produções)
17:35 - 2 meses e 23 minutos (Cine Becos)
18:05 - Bom Dia Eternidade (Rogério Moura)

Confira a programação completa do ciclo de debates:
http://nsae.acaoeducativa.org.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=583

Mais informações sobre o Cineclube Pólis estão em:
http://www.polis.org.br/tematicas.asp?cd_camada1=22&cd_camada2=157

Rua Araújo, 124, Vila Buarque
próximo à estação de metrô República, esquina com a rua Gal. Jardim
Contato: 2174.6841 / luiseduardo@polis.org.br / cultura@polis.org.br

SINÓPSES

BOM DIA ETERNIDADE

Clementino foi um famoso jogador de futebol. Participou da SeleçãoBrasileira de Futebol, na Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Atualmente,vive das lembranças de um tempo de glória e sucesso. Tornou-se umapessoa amarga and rancorosa. Acredita que sua vida acabou. Odete, suaesposa, é ao mesmo tempo companheira, mãe e enfermeira. Um dia, umacontecimento mágico mudará a rotina do casal. Clementino tem a chancede viver tudo novamente.

Produção: Farid Tavares & Rogério de Moura
Roteiro e Direção: Rogério de Moura
Produtor Executivo: Farid Tavares
Montagem: Willem Dias
Diretor de Fotografia: Mário Carneiro
Diretor de Arte: Cristiano Amaral
Som Direto: Louis Robin
Edição de Som e Mixagem: Miriam Biderman & Ricardo Reis
Trilha Sonora: Fernando Forni
Figurinos: Marichilene

SOBRE O DIRETOR
Rogério Moura, diretor e roteirista, nasceu em São Paulo, em 1970, ecomeçou sua atuação na área cinematográfica em 1993, nas OficinasCulturais da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

IMAGENS DE UMA VIDA SIMPLES

Um registro da vida e obra de Solano Trindade (poeta negro, poeta do povo), através de relatos de seus amigos e parentes, de pano de fundo a cidade de Embú das artes, cenário de ebulições artísticas e movimentações culturais que mostram ainda hoje a marca de Solano Trindade.
O documentário foi realizado atráves de uma parceria entre a Cia Sansacroma e o NCA - Nucleo de Comunicação Alternativa. Vídeo realizado por Cia Sansacroma e Núcleo de Comunicação Alternativa com o apoio do Premio Criando Asas promovido pela Red Bull e Instituto Criar de Tv e Cinema.

Direção: Daniel Fagundes
Assistente de Direção e Fotografia: Fernando Solidade
Som direto: Diego FF Soares
Produção: Gal Martins e Maria Helena Barros
Assistentes de Produção: Cicero Meneghinne e Antonio Marques
Edição: Lilian Castro

VAGUEI OS LIVROS E ME SUJEI COM A M... TODA

Aborda a presença patética, a ausência de personagens e autores negros na literatura transmitida nas escolas, quais estimulam o desgosto pela leitura na criança negra. Enfoca história literária negra mundial; ciências africanas; Hip-Hop como parceiro da leitura e literatura periférica paulistana.

Roteiro: Allan Santos da Rosa, Fabio Monteiro Pereira
Direção de arte: Mateus Bertolini de Moraes, Fabio Monteiro Pereira, Allan Santos da Rosa
Montagem: Mateus Bertolini de Moraes, Fabio Monteiro Pereira
Mateus Bertolini de Moraes - Edições Toró
santosdarosa@ig.com.br

PARALELO: ESPASMOS DE REALIDADE

Um escritor divaga sobre a funcionalidade das coisas que permeiam seu mundo, o que é real? O que é insanidade? Algo sobre a capacidade da sociedade em julgar alguém louco.

Roteiro: Luiz Felipe Kinum Kabe, Fernando solidade Soares e Marcelino Queiroz Bessa
Fotografia: Daniel Fagundes e Fernando Solidade Soares
Direção de arte: Marcelle Nabarreti
Montagem: Daniel Fagundes e Fernando Solidade Soares
Música original: Pigarro Seco
Produção: Marcelle Nabarreti e Diego FF Soares
Companhia produtora: NCA-Núcleo de Comunicação Alternativa
Escola: NCA
Elenco: Diego FF Soares e Luiz Felipe Kinum Kabe

...P...O...E...I...R...A...
Uma música, uma foto, um filme.
Um instante de POEIRA que sobre em serra pelada.

Direção: David Vidad Luciano Oliveira
Produção: Daniela Embóm e Elton Campos
Realização Arte na Periferia produções e NERAMA
assita pela internet
www.artenaperiferia.blogspot.com
www.kinooikos.com/acervo/videos/176

2 MESES E 23 MINUTOS
Direcao: Rogerio Pixote e Fabio Ranzani
Producao: Daniela Bortman
Edição: Paulo Caldas

Mães, cozinheiras e crianças do acampamento João Cândido do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em Itapecerica da Serra relatam suas vivências na ocupação que concentrou 4 mil famílias em apenas 2 meses.

DIA DO SACI NO MUSEU AFRO

sem título - jonilson montalvão

certas rotinas - jonilson montalvão

Diante das intransigências e das urgências
me debruço sobre a metáfora
e caminho não querendo certas rotinas
mas assim mesmo fazendo um pequeno esforço
para cumpri-las sem que isso cause-me danos maiores...
Minha indignação perpassa
por males de aflições urbanas demais
e sinto a cada instante um pulsar dizendo saia agora, saia agora, vá agora, vá agora...
vou já respondo pelo inconsciente...

CIA TAMANCO - jonilson montalvão

A pedra que tinha no meio da estrada foi alavancada e nossa primeira exposição saiu; na verdade não é a primeira do grupo, já fizemos uma outra num bar, mas esta é melhor esquecer.
Depois de algum tempo, a Cia Tamanco (nosso grupo de artes) realiza sua exposição coletiva e até que iniciamos bem, pois o Museu de Santo Amaro nos abriu a porta e lá estávamos saciando nossas ansiedades.
Esses trabalhos, que foram expostos, de uma certa maneira já estavam prontos, não totalmente acabados, pois a maioria era composto por fotografias e a falta de grana fez com que o projeto fosse adiado, adiado e adiado. Nesse ínterim procuramos nos reunir para dar uma característica ao projeto.
Então depois de tudo isso e mais algumas coisas conseguimos expor nossos trabalhos e a maneira como tudo (o)correu foi muito bom, muito bom mesmo.
O Museu de Santo Amaro nos abriu as portas acreditando no nosso trabalho que, de alguma maneira, também se parece muito com o trabalho deles; digo pela resistência e pela falta de apoio, mas mesmo assim ambos seguem suas trilhas e fazem um pouco da história dessa cidade e desse país.
No domingo, 30 de setembro, abrimos a exposição e recebemos amigos, conhecidos e demais pessoas que ali passaram e viram uma mostra da diversidade de olhares sobre um tema: que era o da represa Billings e Guarapiranga.
Os trabalhos expostos mostram uma pequena linha de pensamento que permeiam nossos imaginários e (in)conscientes; visto como um processo de produção e fazer artístico.
A experiência, sem dúvida nenhuma, foi enriquecedora; agora é esperar e também buscar outras perspectivas para que nossos trabalhos sejam ampliados.

A Hora da História -

A Hora da História

convida:
Programação de Outubro



APRESENTAÇÕES ABERTAS AO PÚBLICO E GRATUITAS


Em unidades do Sesc

Melodia de Poesia
Apresentação musical com jogos de ritmos, brincadeiras cantadas, poemas musicados e muita cantiga de roda
Sesc Av. Paulista - 06 e 07/10, às 16h
Sesc Ribeirão - 12/10, às 16h
Brasilidades
Seleção de contos de diversos autores brasileiros
Sesc Interlagos - 20/10, às 15h
Hoje é Dia de História!
Seleção de divertidos contos para crianças e adultos
Sesc Interlagos - 27/10, às 15h
Em Bibliotecas

Brasilidades
Seleção de contos de diversos autores brasileiros

Biblioteca Raymundo de Menezes - 19/10, às 10h
Av. Nordestina, 780 - São Miguel Paulista - Tel.: 6297-4053
Biblioteca Camila C. César - 23/10, às 10h
Rua Waldemar Sanches, 41 - Butantã - Tel.: 3731-5210
Biblioteca Álvares de Azevedo - 24/10, às 10h
Pça. Joaquim José da Nova, s/n° - Vila Maria - tel: 6954-3118
Biblioteca Ricardo Ramos - 25/10, às 16h
Praça do Centenário de Vila Prudente, 25 - Vila Prudente - Tel.: 2273-4860
Biblioteca Hans Christian Andersen - 26/10, às 14:30
Av. Celso Garcia, 4142 - Tatuapé - Tel.: 2295-3447


APRESENTAÇÕES FECHADAS


Em Escolas

Contação de Histórias
Escola Teddyhaus Recreação Infantil - 01/10, às 10h
Nova Escola - 08/10, às 11h e 14h

Chuva de Histórias
Seleção de contos que abordam a temática Meio Ambiente
Pela Fundação Viva e Deixe Viver
Escola Estadual Marechal Eurico Gaspar Dutra - 09 e 10/10, às 10h e 14h
Escola Estadual de Primeiro Grau Adelina Issa Ashcar - 16/10, às 09h, 10:30h, 14h e 15:30h


Outros Eventos

Contação de Histórias
4° Evento dos Aposentados do Itaú

em Goiânia - 02/10, às 19h
em Belo Horizonte - 04/10, às 19h
no Rio de Janeiro - 09/10, às 19h
em São Paulo - 17/10, às 19h

Esperamos por você!

A Hora da História

(11) 7128-1629 / 5575-3440 / 5571-4443

ahoradahistoria@hotmail.com

www.ahoradahistoria.com.br
Para conferir nossa programação acesse:
http://horadahistoria.blogspot.com

BRASIL DE FATO: Abrir a “caixa preta” das comunicações no Brasil

Campanha dos movimentos sociais defende participação da sociedade civil no debate da renovação das concessões de rádio e TV


Mayrá Lima,



O dia 5 de outubro de 2007 é uma data emblemática. Depois de 15 anos, vence o prazo de concessão de várias emissoras privadas de televisão no País como as cinco retransmissoras da Rede Globo (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Belo Horizonte), Band, Record, Gazeta, entre outras. A data foi escolhida pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), organização que reúne os principais movimentos populares e sindicais do País, para o lançamento da “Campanha por democracia e transparência nas concessões de rádio e TV”. Estão previstas mobilizações em 11 capitais brasileiras.

A iniciativa, sob o mote “Concessões de rádio e TV: quem manda é você”, pretende denunciar as irregularidades dos processos de renovação das outorgas de exploração de serviço de radiodifusão, que desrespeitam o caráter público das concessões de rádio e TV. No mesmo dia das mobilizações, serão entregues ao Ministério Público Federal representações contra emissoras que veiculam publicidade 24 horas por dia – o que desrespeita a legislação. Também serão encaminhados ao Ministério das Comunicações pedidos de informação sobre as emissoras com outorgas vencidas.

A questão não se resume às concessões que vão vencer. Hoje, diversas emissoras de rádio e TV funcionam com a outorga expiradas e contam com o consentimento do poder público. O Ministério das Comunicações faz mais do que vistas grossas e trata a informação como sigilosa. No início de 2007, retirou de sua página na internet a listagem que relacionava prazos de vencimento dos concessionários da rádio e TV (Governo sonega informações sobre os donos da mídia). A falta de fiscalização por parte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) facilita a prática irregular dessas emissoras. O que favorece as cerca de oito famílias que hegemonizam as comunicações no Brasil configurando um oligopólio poderoso na formação de opinião da população brasileira.

Democratizar a mídia

Os movimentos sociais que compõem a CMS avaliam que há uma “caixa-preta” a ser desvendada em todo o processo de renovação. De acordo com Rosana Berttoti, diretora de comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), esta é uma pauta estratégica para os movimentos sociais. “A forma com que a mídia criminaliza os movimentos sociais fez com que nós encampássemos esse debate das concessões para que pudéssemos discutir que rádio e televisão no Brasil é concessão pública, logo precisa ser tratada como tal”, explicou (Emissoras se apropriam de um bem público para fins privados).

A reivindicação central da CMS é por um novo marco regulatório para as comunicações. A proposta é que sejam contemplados mecanismos de participação da sociedade civil na hora de se conceder um canal de TV ou uma potência de rádio. “É preciso que se tenham critérios de participação na hora de conceder e um processo de avaliação durante (o tempo de vigência), ou seja, que sejam respeitados os movimentos sociais, as mulheres, os negros, das minorias”, disse Rosana (Campanha pede democracia nas concessões de rádio e TV). O processo de renovação de outorga de concessão ocorre a cada 15 anos, no caso da TV, e a cada 10 anos no caso de rádios.




Discurso conservador

A maior dificuldade dos movimentos sociais é se contrapor à ladainha do medo, entoada pelos grupos empresariais, de que cobrar critérios para a renovação de concessão é uma “discussão autoritária” ou uma “ameaça à democracia”. A retórica dos oligopólios, no entanto, não se sustenta à luz da própria Constituição que determina ao Poder Executivo a competência de renovar e outorgar uma concessão. Mesmo assim, as empresas elaboram um discurso pelo qual se apropriam de um serviço público – o de radiodifusão – e rejeitam a participação da sociedade na definição daquilo que a compete, em uma democracia: a definição nos destinos do que pertence, justamente, ao povo.

“Isto não é, nem nunca foi, uma democracia. Isso se chama oligarquia. As concessões não deveriam ser dadas por órgãos estatais, mas por um órgão de majoritária participação popular. O Conselho de Comunicação Social deveria ser um órgão de Estado, mas com participação popular e poder de dar ou negar as concessões”, disse o jurista Fábio Konder Comparato.

Para Comparato, é preciso estabelecer uma série de controles para que o interesse público seja respeitado na ótica dos direitos humanos. “O Ministério Público deveria atuar sobre programas de rádio e televisão racistas. É preciso criar ouvidorias populares sobre a rádio e televisão. Os ouvidores deveriam ser eleitos e não ter nenhuma ligação com o poder Executivo. É preciso que os órgãos de comunicação de massa sejam democratizados, o que significa que não podem ser propriedade de empresas particulares”, defendeu o jurista.

ILÚ OBÁ DE MIN




Ilú Obá De Min – Educação, Cultura e Arte Negra é uma entidade feminina, sem fins lucrativos, surgiu ao longo de vinte anos de pesquisa-ação desenvolvidas com variados grupos sociais tendo como base, as culturas de matriz africana e afro-brasileira.
O objetivo da entidade é preservar e divulgar a cultura negra no Brasil, mantendo diálogo cultural constante com o continente africano através dos instrumentos, dos cânticos, dos toques e da corporeidade, além de abrir novos espaços, de maneira lúdica e responsável, visando o fortalecimento individual e coletivo das mulheres na sociedade.

O Ilú Obá De Min abarca os cinco projetos a seguir:

1- Bloco Afro Ilú Obá De Min:cujo objetivo é divulgar as tradições percussivas, musicais e coreográficas africanas e afro-brasileiras a partir de oficinas de rua para mulheres.

2- Banda Ilú Obá De Min:cujo objetivo é a pesquisa musical de matriz africana e afro-brasileira e sua divulgação. Composta por 30 mulheres ritmistas tocando djembês, alfaias, ilús, agogôs e xequerês.
3- Corpo de baile Ilú Oba De Min, cujo objetivo é trabalhar com a dança de matriz aficana e afro-brasileira.

4- Ilú na Mesa - ciclo de palestras e debates :cujo objetivo é promover o debate entre as/os integrantes da entidade e sociedade em geral sobre temas voltados para educação, cultura e arte negra.

5- Triunfo das Heranças Africanas: cujo objetivo é divulgar e dialogar com os inúmeros grupos culturais brasileiros que desenvolvem pesquisa-ação voltada para as culturas de matriz africana e afro-brasileira.

CINECLUBE LUNETIM MÁGICO



O projeto Cineclube Lunetim Mágico está acontecendo todo o segundo domingo de cada mês no Tendal da Lapa, o Lunetim tem como proposta: a projeção de filmes curtas-metragens independentes, o debate em torno destas produções, fomentar a discussão sobre esse tipo de filme, divulgar as obras e torná-las mais acessíveis.

Endereço do Espaço Cultural Tendal da Lapa:
R. Guaicurus, 1100 –
entrada e estacionamento pela rua Constança, 72,
próximo a Estação Ciência e Estação de trem da Lapa.
Informações (11) 6839-2147 ou pedrapequena@ig.com.br

2 Meses e 23 Minutos
Direção: Fábio Ranzani de Paiva e Rogério Pixote
Dur. 23 minutos


Este documentário faz um relato do acampamento João Cândido, MSTC, em Itapecerica da Serra, por meio de mães, mulheres que participam das cozinhas comunitárias e de crianças. Como se dá a organização dentro dos grupos, as brincadeiras, a participação nas passeatas. Expectativas e sensações, de como é estar acampado, neste contexto.

Acorrentados do Brasil: Fogo no Pavio
Dur. 17 minutos


Após oitos meses de luta em uma ocupação de terra no Valo Velho, 300 famílias são ameaçadas de despejo do terreno provisório.

mijar

fanzine irracional e emocional