PASSADAS

Nas passadas é que ouço.
O vento é mais um ser.
Penso em inúmeras possibilidades do cotidiano.
Então não saio.
Aquelas passadas não são o que eu poderia imaginar.
Apenas mais alguma coisa que se mexe.
Aliás tudo se mexe nesse âmbito da inexistência. Minha inexistência ambígua.
Só com o tempo.
O tempo que não existe.
Só com a moradia aleatória.
O que mais penso?
Uma música só. Em prantos pela surdina.
vento que sopra é o mesmo que me engana pelos ouvidos.
Um só auditivo e pensativo.
A mente que viaja pelas circunferência inexata desse caixote que apelidamos de mundo. Um quê de quaisquer quês...

UM VULTO

Tudo aconteceu muito rápido...não me lembro bem...5 horas da manhã? Pode ser. Mas um horário previsível não é assim tão fácil de definir. A música é de timbre forte...parece um ritmo latino. Coisa do passado. Penso agora que vivo de coisas do passado. Uma sutileza qualquer. Vivo assim, rememorando tudo. As ânsias são sonoridades da alma. Do estilo jeitoso da morte de nos assombrar. Qualquer versão além disso é uma versão sem concisão. Sem preeminências supremas do ser. Meu jogo é um jogo de vida ou morte. Paro nesse reflexo. Penso novamente no que aconteceu. São dúvidas. São mais que simples dúvidas. Nesse tempo fiquei pasmado, em choque. O olhar era assim algo de extraordinária beleza. Uma sutileza no olhar. Um sorriso devastador. Hoje sou um vulto. Tudo é tão simples. Como não há mais jogos do depois, fico aqui no agora. Fico aqui simplesmente atônito perante tudo que me passou. Mente disfarçada. A música é tão simples, notas simples. Visual de um anteparo qualquer. Um querer que me arremete para longe. É qualquer mente. É a divagação eterna. Depois de tudo fiquei ainda, por um tempo, ali...recebo um cumprimento com a sobrancelha. Devolvo do mesmo jeito. Ouço mais músicas. Outros ritmos. Outras melodias. Outras transformações. Outras alterações...covardia da memória querer, desde sempre, lembrar tudo. Como se tudo fosse passível de memórias, de recordações. Pitoresco e insuficiente. Olho para um longe, um olhar de nuances positivas. Assim é tão nublado...hoje...ah, querer...ah, desejos...simulações de vida. Esse item aleatório, como as palavras, como um diafragma...dialética de profusão indubitável. Não, realmente não, não estava desacordado. Uma suavidade. Sua suave pele, sua suave boca, sua suave pele...Perdi-me...tudo é tão fascinante. Desde sempre quero, desde sempre...

Passadas...


Nas passadas é que ouço.
O vento é mais um ser. Penso em inúmeras possibilidades do cotidiano. Então não saio. Aquelas passadas não são o que eu poderia imaginar. Apenas mais alguma coisa que se mexe. Aliás tudo se mexe nesse âmbito da inexistência. Minha inexistência ambígua. Só com o tempo. O tempo que não existe. Só com a moradia aleatória. O que mais penso? Uma música só. Em prantos pela surdina.
O vento que sopra é o mesmo que me engana pelos ouvidos. Um só auditivo e pensativo.
A mente que viaja pelas circunferência inexata desse caixote que apelidamos de mundo.
Um quê de quaisquer quês...

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