SEMANA TEMÁTICA: LITERATURA INDEPENDENTE

CENTRO CULTURAL DA JUVENTUDE
ATIVIDADES GRATUITAS


A terceira edição do projeto Semanas Temáticas promoverá atividades variadas para discutir estratégias de produção e circulação literárias alternativas, marginais ou independentes com relação ao grande mercado editorial.


Organização: Dolores Biruel
Curadoria: Érica Peçanha do Nascimento


Exposição: Manifestações literárias independentes e marginais

De 12 a 25/10 - das 10h às 20 (terça a sábado) e das 10h às 18h (domingo) | Biblioteca |

Com textos, revistas e livros de autores ligados a movimentos literários independentes ou marginais.



Debate: Independência, Marginalidade ou Resistência? Estratégias de publicação e circulação

Dia 11/10, sábado - das 16h às 17h30 | Biblioteca| 80 vagas
Com:

Allan da Rosa – escritor, educador, radialista, cineasta comunitário e organizador do selo independente Edições Toró, voltado para a publicação da literatura periférica e financiado pelo VAI - Valorização de Iniciativas Culturais da Prefeitura de São Paulo.

Eduardo Lacerda – poeta e produtor cultural, também é editor do jornal de literatura O Casulo (financiado pelo VAI), membro do coletivo de jovens escritores Vacamarela e um dos organizadores da FLAP! Festa Literária Alternativa.

Esmeralda Ribeiro – jornalista, escritora e presidente da Quilombhoje Literatura, ONG responsável pela publicação dos Cadernos Negros, coletânea que há 30 anos divulga a produção literária afrobrasileira.

Debate: Literatura e WEB: os meios de publicação em tempos digitais

Dia 11/10, sábado - das 18h às 19h30 | Biblioteca| 80 vagas

Com:
Branco Leone – escritor, editor e criador da editora virtual Os Viralata, especializada na divulgação do trabalho de escritores independentes.

Clarah Averbuck – escritora que iniciou sua carreira literária publicando em blog, é autora dos livros Vida de Gato, Das Coisas Esquecidas Atrás da Estante, Máquina de Pinball, entre outros.

Olivia Maia – escritora e blogueira, é autora dos livros Desumano e Operação P-2.

Palestra: Literatura marginal no Brasil
Dia 12/10, domingo - das 15h às 16h30 | Biblioteca | 80 vagas

Palestra sobre diferentes movimentos e expressões literárias marginais no Brasil com a professora titular da Escola de Comunicação da UFRJ, ensaísta, crítica literária, pesquisadora e editora Heloísa Buarque de Hollanda.

Café Cultural com Ferréz

Dia 12/10, domingo - às 17h | Biblioteca | 50 vagas. Inscrições na recepção. Grátis.

O Projeto Café Cultural promove encontros mensais para troca de informações sobre diversas temáticas. Para o mês de outubro convidamos Ferréz, escritor, roteirista e cronista da Revista Caros amigos. É apresentador do quadro de entrevista Interferência no Programa Manos e Minas da TV Cultura e publicou diversos livros, entre eles Capão Pecado e Manual Prático do Ódio. Nos seus escritos, reivindica voz própria e dignidade para os habitantes das periferias das grandes cidades brasileiras.

Workshop: Literatura periférica e criação literária

Dia 14/10, terça-feira - às 14h | 25 vagas

Com Alessandro Buzo, escritor com cinco livros lançados, arte-educador, agente cultural e apresentador do quadro Buzão - Circular Periférico no programa Manos & Minas da TV Cultura.

Workshop: Comunicação, informação e literatura no mundo dos blogs

Dia 15/10, quarta-feira - às 17h | Biblioteca | 12 vagas

Qual o papel dos sites e blogs na divulgação da informação e da literatura? Como montar um blog? Essas e outras questões serão respondidas neste workshop ministrado por Ana Carolina Lementy, jornalista, blogueira e gerente júnior de uma agência de comunicação corporativa.

Diálogos com Marcelino Freire

Dia 17/10, sexta-feira - às 18h30 | Biblioteca | 50 vagas. Inscrições na recepção. Grátis.

O projeto Diálogos promove encontros mensais com personalidades dispostas a compartilhar suas experiências com público jovem. Em outubro o convidado é o escritor Marcelino Freire. Com uma literatura forte e intrometida, ele foge dos padrões literários. Autor de livros como: eraOdito, Contos Negreiros e Rasif. Organizou Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século e a série Paralelepípedos.

Apresentação musical: Alice Ruiz e Alzira E.

Dia 17/10, sexta-feira - às 20h30 | Anfiteatro

A poetisa e compositora Alice Ruiz e a cantora, compositora e instrumentista Alzira E. irão fazer uma apresentação que mistura música e poesia.

Sarau Verbos Curtos

Dia 24/10, sexta-feira - às 19h | Espaço Sarau

Apresentação performática poético-musical, criada por Bebeto Cicas e Maicknuclear, baseada no antigo sarau Viola na Vela, surgido e realizado no Cicas (Centro Independente de Cultura Alternativa e Social). A dupla traz também alguns convidados para este encontro de literatura marginal independente. Após o sarau, os alunos da oficina de DJ demonstrarão um pouco do que aprenderam com o mestre Xdee.

Faça você mesmo

Dia 25/10, sábado - às 14h | Espaço Sarau

Oficina com o coletivo Sinfonia de Cães que conta com o apoio do VAI (Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais). Durante o encontro, serão analisadas as diferentes formas, sociais e culturais, de ação independente.

Inscrições na recepção ou pelo e-mail oficinas@sinfoniadecaes.org

Local: Centro Cultural da Juventude | Vila Nova Cachoeirinha | Zona Norte

Avenida Deputado Emilio Carlos, 3641

Próximo ao Terminal de Ônibus Cachoeirinha
Tel.: 3984-2466 | http://centrodajuventude.prefeitura.sp.gov.br


COMO CHEGAR:
Largo do Paissandu / Centro

9563 Pedra Branca (35 min)
9501 Terminal Cachoeirinha (30 min)
Táxi Executivo Pedra Branca (20 min)

Pinheiros / Teodoro Sampaio

117x Cohab Jd. Antártica (40 min)

Metrô Barra Funda
117Y Cohab Jd. Antártica (20 min)
978l Terminal V. N. Cachoeirinha (30 min)

De carro
Marginal Tietê / Ponte da Freguesia do Ó / Av. Inajar de Souza / Av. Deputado Emílio Carlos

MONSTRO URBANO - jonilson montalvão

CINECLUBE LUNETIM MÁGICO








O cinema não autorizado e o novo cineclubismo


Quem soube e não veio perdeu, quem não soube é uma pena, mas todo último sábado de cada mês acontece aqui na parte de baixo da Augusta (no centro de São Paulo) no Cineclube Baixa Augusta um trombar interessante: filme na tela e música nas pikacps de dois meninos artistas vindo das quebradas da Leste, juntamente com outros jovens, numa simbiose interessante, ou intrigante. DJs e filmes, pessoas que fazem e pessoas que curtem. Viva!

No último sábado, vinte e sete de setembro, mais uma vez o aprendizado do ver filme e debater-se, seguido de música para todos curtirem um pouco da noite de sábado que começa naquele espaço mesmo, para depois se estender, quem sabe, em outras paradas dessa mesma Rua... tão ao gosto de todos os meninos e meninas desse hoje atual. Afinal, a noite de São Paulo continua sendo o mesmo bebê de sempre. Sem pai nem mãe, é verdade.

Esse pessoal pertence ao Cineclube Lunetin Mágico, que em parceria com o Centro Cineclubista de São Paulo, vem ocupando a sala Cineclube Baixa Augusta, com essa maravilha de programa, agregando cineclube na vida noturna das pessoas... Essa palavra mágica que se tornou a palavra cineclube, encantando a todos, agora na vida de pelo menos setenta ou oitenta pessoas já está virando obrigatoriedade uma vez por mês (todo último sábado do mês)! Os filmes são produzidos pelos amigos, pelos conhecidos ou mesmo um ou outro cineasta que alguém teve contato e pôde levar o cara e os amigos deles na sessão, com debate, claro. Assim essa atividade vai num crescente, tomando rumos interessantes...

Nem vamos sondar a questão da qualidade dos filmes, porque o espaço aqui não pode se esticar muito, mas diria que não faz vexame mesmo, muito pelo contrário! Assim, essa moçada do Lunetin Futebol Mágico Clube... Ops, Digo, Cineclube Lunetin Mágico tá jogando um bolão. Falo assim porque o audiovisual (o cinema e suas variação imagéticas), está cada vez mais acessível e aos poucos as pessoas vão dominando essa arte, que já vai virando uma espécie de esporte de massa (como no início do século passado, quando o futebol ainda pertencia a uma meia dúzia de notáveis dos clubinhos dos ricos e aos poucos foi escapando para as quebradas do mundaréu que o Plínio Marcos tanto falava...).

Essa outra pelota aos poucos vai se popularizando também, e chegando às mãos e pés dos mortais todos desse lado de cá do muro. Não porque o sistema é bacana, mas porque perdeu o controle e agora qualquer Zé Mané mesmo- como se referem aos não autorizados a chutar essa bola- pode fazer o seu filme, cara!

Assim, os cineclubes da atualidade, os novos cineclubistas, vão formar seus times para jogar com outros times, montar campeonatos, torneios, etc., etc., etc., e nem precisa de camisa ou chuteira. Pois nesses jogos de fazer filmes e ver todos juntos, o uniforme e esses apetrechos todos são dispensáveis, são mesmo. Quando não, uma ida a Vinte e Cinco de Março resolve assunto e pronto.

Fico imaginando a cara dos juízes que não autorizaram essas partidas e nem podem, ao menos, apitar uma saída de bola, que seja... Coitados, vão ter que roer os dedos sem poder intervir naquilo que acham indevido e ofensivo à essa arte! Dá-lhe, atletas! Rs,rs,rs,rs... .Nesses jogos a regra fica por conta da turba, que organizadamente torce e apita as jogadas, e nem precisa dar na TV, porque todo mundo já sabe o dia, horário e local, pois todos ajudaram a organizar o lance. E tem mais, sempre vão organizar torneios que seja possível jogar com times de fora, na boa; sem ofender os outros timecos de casa. Pois, sabem, se não trocarem caneladas com outros de fora, ninguém vai aprender dribles ou lances novos. É isso.

Esse é o cineclubismo de hoje, além de exibir filmes, também produz; e nem precisa de teóricos do ramo para lhes dizer isso ou aquilo, já nascem com uma imagem na mão e idéias na cabeça, todas prontas, nem que seja na tela de um celular do Paraguai.

P.S.: ainda no meu laboratório por terminar, uma pequena crítica de um filme lançado no último dia sete de setembro, também no Cineclube Baixa Augusta, chamado A JUSTIÇA E A DEFESA, produzido por Sann Mendes, e direção de Valdimir Modesto - cinema exemplo dessa linhagem, digo, desse Cinema Não Autorizado. Um outro time de várzea, que não está nem aí para arbitragem. Eba!

Cacá Mendes


Crônica de Segunda
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mijar

fanzine irracional e emocional