um parte

uma parte de mim que desmestifica 

é a mesma parte que intensifica,

a outra parte pira

e respinga ao léu,

saturações e outras tantas advertências inadequadas

são as mesmas idéias que não quero

mesmo assim, respiro.

uma parte é atiçada,

outra é ponderada;

outra, mesmo assim,

é desqualificada.





Cineclubistas; Companheiros Velhos de Guerra*!

 
O Governo Brasileiro acaba liberar a primeira parcela de R$ 30 milhões de um total de R$ 44,6 de indenização à União Nacional dos Estudantes – UNE, como reparação pelos danos causados aquela entidade durante a ditadura civil militar. É a primeira reparação de caráter coletivo que ocorre. Pela lei da anistia de 1979 a reparação é de caráter pessoal. O fato ocorreu devido a Lei nº 12.260/10 aprovada pelo Congresso Nacional no último mês de junho.
 
Abre-se um precedente para outras entidades civis se articularem e pleitearem indenização. Segundo a direção da UNE, a soma será aplicada integralmente para a construção da nova sede, projetada por Oscar Niemeyer. O edifício terá 13 andares, será erguido no mesmo local, praia do Flamengo no Rio de Janeiro, onde o antigo prédio foi metralhado e incendiado em 31 de março de 1964. A antiga sede da UNE foi doada em 1942 pelo então presidente, Getúlio Vargas.
 
Com a edição do Ato Institucional nº 5 – (AI-5), em 13 de dezembro de 1968, o Conselho Nacional de Cineclubes, seguido das Federações regionais, provocando uma interrupção nas atividades de mais de 300 cineclubes em todo território nacional. Em 1978 e 79, a polícia Federal invadiu a sede da DINAFILME – Dsitribuidora Nacional de Filmes para Cineclubes -, levando mais de 180 filmes do seu acervo, sem falar dos inúmeros filmes apreendidos em cineclubes e nas agências de transportes.
 
Uma ação desta natureza requer articulação e principalmente, uma entidade atividade para encabeçar a questão. Pena que o Conselho Nacional de Cineclubes, ainda não foi reabilitado.
 
Diogo Gomes dos Santos
Cineclubista
 
PS 1: Notícia publicado no yahoo.
PS 2: Filme de Vladimir Carvalho

Como parar o mundo

 Esse texto foi publicado no site "Não2Não1"...



por Gustavo Gitti 

Você já quis parar o mundo? Pois saiba que o melhor momento para aprender a pausar a vida é ironicamente aquele em que mais você quer seguir vivendo.

Durante o sexo ou no meio de uma briga, às vezes desejamos interromper o fluxo dos fenômenos. Enfiar a cabeça no chão, nos momentos ruins, ou congelar a cena para a eternidade, nos bons. Tentativas sempre frustradas por uma espécie de ansiedade, uma urgência de abocanhar o prazer ou de tentar resolver uma situação dolorida. Ironicamente, mesmo quando tudo o que queremos é apertar pause, colocamos ainda mais força no botão de play.
Em vez de “descer do trem” do sofrimento ou eternizar alguma felicidade, parar o mundo pode ser entendido com outras imagens. Acariciar um leão que deita no chão pela primeira vez. Pousar a dois centímetros das nuvens. Ficar dentro da água e, por alguns segundos, relaxar como se você nunca mais precisasse puxar ou soltar o ar. Em vez de tentar pausar, retardar ou acelerar, jogar fora o controle. Descobrir que a cobra assustadora era apenas uma mangueira. Não ser atingido pelas balas depois de enxergar sua verdadeira substância de nuvem, sonho.
“O mundo é assim e assado, e tal e tal, só porque nos dizemos que é dessa maneira. Se pararmos de nos dizer que o mundo é tal e tal, o mundo deixará de ser tal e tal. Neste momento, não creio que você esteja pronto para esse golpe monumental, e, portanto, deve começar lentamente a desfazer o mundo.”
–Don Juan, em Portas para o Infinito, de Carlos Castaneda.
Castaneda conta que o índio Don Juan o ensinou a parar o diálogo interno e a ver além dos fluxos convencionais de interpretação, além da descrição do mundo, além do que tentamos nos convencer, segundo a segundo, sobre o que é a realidade. Ele chamava esse processo de “não fazer” – não fazer aquilo que estamos acostumados e sabemos fazer. Diante de uma árvore, por exemplo, não fazer pode ser focar nas sombras de suas folhas até que paremos de chamá-la de árvore, até que a árvore surja para além de nossa descrição de árvore.
O mundo para naturalmente quando nós paramos.
Claro, parar não é fácil. Além dos tiques corporais como roer a unha ou mover o pé freneticamente (que parecem estar naturalizados em nossa cultura), nossa mente tem mil vezes mais tiques e compulsões sutis. Se continuarmos tão distraídos, a arte de parar o mundo talvez seja esquecida. É por isso que compartilho agora algumas possibilidades.

Como parar o mundo durante o sexo

O andamento da noite foi acelerado. Eles saíram atrasados para o Forró in the Dark, dançaram até pingar, comeram pouco antes de fecharem o restaurante e foram para casa transar, um pouco ansiosos, distraídos, apressados. Enquanto ele metia de lado, por mais gostoso que fosse, ambos sabiam o que estavam fazendo, já haviam passado por isso incontáveis vezes, já podiam antecipar o desfecho.
Sem que ela entendesse, ele parou. Agarrado, ainda dentro, como que travando qualquer outro movimento. Antes de conseguir perguntar “O que foi?”, sua mente foi catapultada para onde a mente dele já estava. Ele a pegou pelo pescoço e virou. Ficaram se olhando e se cheirando enquanto se lembravam de si mesmos, do quanto não entendiam nada do que estava acontecendo, do quanto já estavam ali, felizes, colados e relaxados, mesmo antes enquanto estavam dispersos no carro.
Sem que ninguém falasse, o que se ouviu foi uma mistura de “Eu estou aqui”, “Quem é mesmo você?” e “Eu te amo a ponto de não saber o que isso significa”.
Depois aprenderam a parar o mundo sem necessariamente parar o corpo. Para ele, a catapulta começava com os olhos. Não piscava, quase desfocava, alternando entre se fixar nos olhos e atravessá-la, como se mirasse uma paisagem a 9 quilômetros exatamente atrás de sua nuca. Para ela, a catapulta era sentir a extensão quase infinita do próprio corpo e das sensações como se habitasse o corpo de outra pessoa, como uma simulação. Ao tentar se afastar, ela acessava ainda mais diretamente a realidade.

Durante uma briga

“Sempre que o diálogo interno pára, o mundo entra em colapso, e facetas extraordinárias de nossos seres emergem, como se tivessem sido mantidas numa guarda severa por nossas palavras. Você é o que é porque diz a si mesmo que é assim.” –Don Juan, em Portas para o Infinito, de Carlos Castaneda.
Às vezes é impossível brigar em apenas um cômodo da casa. Impossível olhar nos olhos do outro. Ela começa a se aprontar e vai freneticamente do banheiro para a lavandeira, do quarto para a sala. Ele finge ignorar a briga e fica respondendo da cozinha, enquanto bebe água sem estar com sede, e depois da sala, enquanto liga o computador sem saber por quê.
Não importa o que se diga, as falas dificilmente surgem além do horizonte de significação do problema, do mundo particular que reduz o foco dos olhos e sequestra pulmões. A briga acontece sempre com algum nível de alucinação, como se estivéssemos em um estado especial de REM. Ainda assim, é possível abrir a janela e repousar os olhos revirados no céu. Lembrar que estaremos todos mortos daqui a pouco. Admitir que nosso marido ou esposa não são nosso marido ou esposa; são apenas alguém que decidiu brincar um tempo conosco.
De um cômodo a outro, há uma espécie de bardo, limbo, entre-mundo: o corredor. Se a cozinha serve para algumas ações, se o escritório define o que podemos ali fazer, o corredor é o cômodo por excelência do não-fazer.
É ali que podemos descobrir que o melhor jeito de resolver uma briga é não resolver nada, mas olhar o mundo no qual a briga acontece como se déssemos zoom out na própria casa. Ao fazer isso descobrimos a liberdade de criar mundos, nos divertimos com as dinâmicas possíveis da relação e nos relacionamos com a liberdade do outro, com aquilo nele que pode brincar de ser esposa e marido e de se perder nos conflitos entre tais personagens.
Com o mundo parado, podemos até voltar para a briga, mas agora estaremos com os dois pés no chão, não mais dentro de nossas cabeças.

Durante uma dança

“As possibilidades do homem são tão vastas e misteriosas que os guerreiros, em vez de pensar sobre elas, escolhem explorá-las, sem esperança de jamais chegar a entendê-las.” –Don Juan, em Portas para o Infinito, de Carlos Castaneda.
Olhar um vídeo de um casal dançando (ou de si mesmo com alguém) não diz muita coisa sobre o que é dançar junto. Há toda uma dinâmica interna ao corpo, uma misteriosa relação com o outro e com a música. Talvez a dança de salão seja um dos raros modos de relação que se aproximem do sexo na possibilidade de movimentar a energia, a respiração, a emoção do outro. É por isso que às vezes conseguimos parar o mundo no fim do facão, no samba de gafieira, entre qualquer passo de tango ou mesmo em alguma travada do forró.
Se bem conduzida, se o casal congela precisamente junto com uma pausa da música (no meio ou no fim), o contraste com a agitação anterior abre os sentidos e cria a sensação de completa expansão temporal e espacial. Quando voltamos a conversar com os amigos ao redor, parece que acabamos de sair de outro universo. De fato, não estávamos dançando. Deve existir outro verbo pra isso.

Durante a meditação

A cada momento, não importa em qual experiência, nosso impulso mais básico é o de se mover para buscar ou sustentar prazer e felicidade, ao mesmo tempo em que evitamos dor e sofrimento. Sentado na cadeira do escritório ou no zafu da sala de meditação, tendemos a nos ajeitar sempre que algo dói. É exatamente esse o padrão que conduz nossa ação nos relacionamentos e na vida em geral: nos esforçamos para sustentar confortos e resolver desconfortos, seja atrasos do namorado ou traições da namorada, assim como mexemos a perna na meditação.
Num âmbito ainda mais sutil, como uma vez ouvi do Lama Padma Samten, o próprio ato de respirar manifesta nossa insatisfação constante. Puxamos o ar, mas isso não dura, não é suficiente, logo se torna insustentável. A satisfação inicial vira urgência de soltar o ar. Relaxamos brevemente até sermos obrigados a puxar o ar novamente.
Portanto, um dos jeitos de parar o mundo enquanto estamos sentados em silêncio é inspirar e naturalmente contemplar a urgência de expirar; soltar o ar e observar calmamente o impulso de tragá-lo de volta. Enquanto observamos toda essa dinâmica que não precisa de esforço para seguir, o espaço entre cada movimento aumenta e de repente surge um vasto oceano de imobilidade e estabilidade. Essa percepção fica ainda mais nítida quando nos demoramos um pouco mais para voltar à respiração e percebemos que estamos há um bom tempo sem piscar.
O mundo parou. E isso chega a ser engraçado quando nos damos conta de que ele continua parado mesmo enquanto tudo se move.

A audácia caminha à noite

Caminho pelas ruas festivas; festivo também estou. O ambiente entoa toda a algazarra mística da noite: a música é percussiva e recheada de cordas e sopros e açucaradas vozes embriagadas de prazeres alcoólicos.

Nada esta mal, nem a dor antagônica da existência, nem os caprichos que a vida revela. Estou contemplativo em busca de doses mais fortes para a cabeça. Por toda a rua a festa é repleta de fortes ondas sonoras. Mulheres e homens desfilam suas exuberâncias físicas; Meu único soberbo trabalho é olhar; aprecio a noite, a bebida, o sexo, a música e tudo o que mais me deixa em sintonia com o lugar.

Nesses dias fico à mercê de ocasiões, digamos divinas... A beleza em tudo é um olhar mais desvairado; um pacote de drogas acompanhado de sexo ao som de um tamborim e uma cuíca. Fios de náilons para reticular a moral reprimida.

Mas nessa noite Luis Melodia dá a nota fatal que atravessa as paredes de qualquer quarto sujo onde pago favores para obter coisas que me enchem a vida. Depois desço as escadas numa escuridão pavorosa. Alguns sorrisos estampam as resistências dos fregueses.

Lá fora tudo é convidativo: os rebolados, as simetrias, os resvalares de peles... continuo na noite santa; fumaças invadem pulmões e mente ao som de cavacos e pandeiros. São ocasiões para se pensar em dançar. É o que faço.

Duas garotas estão se amando loucamente. Não consigo desviar o olhar. Elas nem me notam e a vida continua. Percorro tudo, andando e olhando e ouvindo o sacudido do som: é batuque é baque é nervo é aço é balanço... nunca estive assim. São tantas as nevralgias, são tantos caos, mas tudo é sinfonia, aqui tudo é rufar, é tambor. Vou bebericando copos que me chegam às mãos, repassando toques, burlando locais sacros, referindo na mente difanidades; silêncio profano.

Sou eu que ao afro sabor da euforia resgato o sabor da vivência, manual de orgias; rufar o tambor da morte. Vem cá, rasga o cavaco deixa de lado o sufoco no pé da mulher, pele lisa pés descalço a sacolejar; eu ando, eu danço. Semba. Grito da fé num país de festas. País das contradições; o futuro que nunca chega e quando chega passa tão rápido quanto esses dias pagãos. Hoje é futuro na nação que sacoleja com sons guturais. A carne elevada à divindade. Cristãos rebolam também. Santos com tez escura anarquizam o reino e dizem amém.


jonilson montalvão

Jenny Saville


 
Jenny Saville, Torso2, 2004, óleo sobre tela, 360 centímetros x 294 centímetros, a Saatchi Gallery

Já há algum tempo conheci a obra da artista plástica inglesa, Jenny Saville; inclusive já postei obras dela aqui nesse blog, mas nunca é demais falar de algo interessante - 

Jenny Saville - Apoiada

ela  pinta o chamado Grotesco. Algumas de suas obras são auto-retratos em posições denominadas esquisitas e esdrúxulas. Ela usa em suas pinturas muitos tons de cores. Me chamou a atenção uma obra em particular: Apoiada, óleo sobre tela de 1992. Nesta obra uma mulher com corpo extravagante, fora dos padrões ditos normais, está sentada, apoiada pelos pés numa espécie de encosto de cama; ao primeiro olhar, temos uma figura repugnante, fora dos contornos, anormal. Essa provocação da artista é uma maneira de nos atormentar e dizer-nos: olha, nada é tão perfeito assim. Uma maneira de nos alertar sobre as imposições torturantes ao corpo. Principalmente para as mulheres.

As dores-flores

Por acaso não sonhei essa noite. Como se realmente isso importasse.
Apenas as lembranças daquele dia horripilante que me acometeu tal numa ficção borgiana. Meu ser nem mais requer tais coisas, apenas vou sentido esse pasmo na minha dita alma que cristãos tornaram tão cruel e pecaminosa que nem sei se existo mesmo ou como naquele sonho que deixei para trás naquela noite que não sonhei com porra nenhuma...Fui eu mesmo ou outro ser surreal que nem saberia distinguir isso. Pois não quero saber desse sonho, deixo-o para trás e sigo em frente com minhas conclusões precipitadas e pecaminosas do ponto de vista da santaiquisição e tomo sempre minhas drogas, para que eu me torne um sujeito menos agressivo e sinta-me confortável na sociedade pósmoderna; isso é tão bom e tão sutil que meus amigos nem percebem que teatralizo tudo e sou um grande ator; deveria haver prêmios para grandes atores assim como eu e outros que, segundo Moreno, não estariam fazendo nada de mais, apenas seguindo a tal coisa teatral que já está enrustida no homem desde que ele se deu conta de sua existência. Mas esse excesso de estrago mundial com suas carapuças arcaicas travestidas de inteligência e a performática ocupação mundial, agora são armas químicas. Tudo transformado em momentos geopolíticos que fazem da demarcação algo racional e predatório em nome da razão e da liberdade de livre escolha; mas essa livre escolha não é realmente possibilitada através da hostilidade; e essas decisões de subjugar outros?, e essas intolerâncias disfarçadas vividas no dia-a-dia? Nesse decorrer das palavras aleatórias como conto machadiano; tomo um empréstimo de cultura e avanço contra toda a estabelecida profusão de pensamentos cretinos que me chegam pelos ouvidos mas param por aí, pois não tomo esse conceito para mim, apenas ouço essas vozes e isso me é insuportável tanto quanto essas obras artísticas que vejo na galeria cor de sangue que se enche de pseudos tomando suas bebidas que causam sensações e já vêm com rótulo de amostra grátis e isso é divertido como a santaerva que transpõe a barreira da mediocridade entre os supostos elegidos; como se fosse toda a verdade de nossas vidas e participando disso estaríamos realmente participando do mundo, mas esse mundo clichê tem lá os seus pontos fracos e sairá debilitado com certeza, pois essa mesma certeza que tenho é também uma certeza dúbia, assim como todos o são, se não como estariam todos os pensadores agora? Essas meias-verdades tomou nossas vidas e antes mesmo de nascermos já pagamos por esse crime que alguém julgou que deveríamos pagar, mesmo que nem fossemos batizados pelo espíritosantoamém; a merda toda é que esses pregadores da verdade e da moral fuderam com tudo e com todos e também outros, se tivessem a chance, fuderiam também...

jonilson montalvão

Antítese


Antítese

jonilson montalvão


Antítese

Quando abri os olhos vi que estava num quarto. Ainda estava tonto. A noite passada... levantei e fui até o banheiro. Minha cabeça arrebentando de tanta dor. Que sonho horrível.
Olhei-me no espelho: cara destroçada; reflexo de uma noite mal dormida. Não me lembrava de quase nada.
Tinha saído com alguns amigos. Fomos numa festa. Enchi a cara de vinho e outros líquidos. A certa altura alguém chegou com um prato: algumas carreiras de cocaína. Quando acabava, aparecia outro.
E esse sonho que tive: estava nu, correndo por uma estrada e ao mesmo tempo, paralelamente, também aparecia uma garota nua. Às vezes eu conhecia seu rosto. Outras vezes ela se tornava uma total desconhecida.
Abro o chuveiro e entro embaixo. Deixo a água um tempo fria, para despertar. Agora me lembro, tinha uma garota cheirando com a gente; era a mesma do meu sonho. Que estranho!
Troco a chave do chuveiro, de fria para morna. Quando eu estava correndo, no sonho... era a mesma garota. Sim! Era ela mesma... ela corria comigo no sonho. Seu rosto agora me é perfeito. Na festa ela desmaiou. Tentamos reanimá-la; forçamos seu peito com as mãos. Agora me lembro. Abrimos sua blusa. Estava sem sutiã. Fiquei olhando aqueles peitos, peitinhos pequenos, maravilhosos. Algumas pessoas foram embora da festa, talvez com medo. Eu fiquei, juntamente com mais 2 amigos, ali no quarto. Já estávamos chapados. Sim. Agora me lembro. Sim. Tiramos a roupa da garota. Da sua boca escorria uma espécie de espuma. Limpamos. Não estava morta, respirava. Sentimos a sua respiração. Ela tinha cheirado muito; mesmo para nós, mais experientes, havia muita cocaína. Só estávamos nós 4. Eu, dois amigos e a garota ali deitada no chão do quarto.
Minha mente está confusa... mas no meu sonho era só eu e ela correndo nus. Ela era linda. Eu me sentia bem em estar junto dela. Seu rosto... agora me lembro... seu rosto.
Saio do chuveiro. Esse banho me fez bem. Sinto-me recuperado. Me enxugo e visto uma roupa que está em cima da cadeira. Engraçado, não é a mesma roupa que eu usava na festa. Reparo melhor no interior da casa. Estranho, agora vejo que não conheço essa casa. Minha mente está confusa, corro pro quarto. Nada. Essa casa não é a minha casa! Onde estou?? O sonho! Ela estava correndo em outra direção. Eu estava correndo atrás dela. É isso. Agora lembro-me claramente. Eu corria atrás dela. Eu chamava seu nome... pedia para ela parar. Dizia que estava tudo bem; nós... eu... não iria lhe acontecer nada. Mas ela estava desesperada. Foi então que... mas essa casa não é a minha! eu não sei de quem é essa casa. Eu não sei onde estou.
Tento sair. Porta trancada. Chaves? Desespero.
A cama... o quarto... tem alguém lá... mas eu já olhei...
volto pro quarto. Desespero!
Meus atos... minhas ações... agora, como uma febre que nos atormenta e causa-nos devaneios, vejo um amontoado na cama... é um corpo... esse corpo... puxo o cobertor... é ela!
É a garota da festa... do meu sonho.
Essa realidade não é a minha. Inexisto. Sou e estou atemporal; que tempo é esse, que merda é essa? Solto... irredutível... será tão flexível assim essa visão que tenho agora?
Minha realidade tão subjetiva assim? A apreensão dos sentidos... desacordo... a inevitável verdade subjetiva. Não estou acordado para essa antítese.

CONVITE YALODE


"YALODE representa o feminino no poder. Na tradição africana, principalmente na iorubá, as mulheres deixavam suas famílias e iam para a feira, onde se destacavam como grandes comerciantes. Suas vendas destinavam-se tanto às subsistência como à acumulação, sendo que essa última as tornavam independentes de seus maridos, demonstrando a autonomia feminina nestas sociedades. Na feira trocavam-se bens simbólicos: notícias, modas, receitas, músicas, danças..."


"YALODE está ligado também ao orixá Oxum, deusa da riqueza e do ouro, da beleza, da fertilidade, sendo o título conferido a mulher que ocupa o lugar mais importante entre todas as mulheres da cidade."

Somos três afro-descendentes e nos unimos para mostrar a força da mulher da forma mais natural possível, sem levantar bandeira, pois a mulher simplesmente é...

A maneira como concebemos isso foi criar e transformar peças aparentemente básicas e despretensiosas em uma espécie de panfleto não partidário, mas que transmita alegria, otimismo, boas mensagens, receitas, moda, cultura... (lembraram-se dos bens simbólicos das feiras africanas????).

Cada peça, quando for de vestuário, terá como embalagem um saco bolsa, que poderá ser reutilizado. Enfatizamos que, além de peças criada por nós, modificamos roupas ou qualquer acessório que desejar, transformando-os em novas e exclusivas peças.

Temos também como proposta, divulgar a cultura africana em suas mais diversas manifestações: música, religiosidade, culinária, livros, audiovisual, etc.

Esse é o nosso fazer. Essas somos nós: Carmem, Conceição e Michele, YALODES
AXÉ

PROGRAMAÇÃO CINECLUBE LUNETIM MÁGICO

PROGRAMAÇÃO CINECLUBE LUNETIM MÁGICO

O Cineclube Lunetim Mágico realiza todo o último sábado de cada mês seu projeto de exibição de curtas-metragens independentes.

Participe.

Realizadores, façam contato, envie-nos seu vídeo.

CINECLUBE LUNETIM MÁGICO
CENTRO CINECLUBISTA DE SÃO PAULO

CONVIDAM PARA A SESSÃO DE FILMES INDEPENDENTES



Sábado, 27 de Novembro - 18:30 horas
GRÁTIS

RUA AUGUSTA 1239, 1º. ANDAR, CONJUNTOS 13 E 14
(EM FRENTE AO BAR IBOTIRAMA)


      programação:

Afose SP Documentário 64 minutos

Direção: Jota Revelia

Relato de superação do Afoxé Paulistano, criado em 1980 no Parque Peruche, formado pelos dirigentes de diversos terreiros de Candomblé, há 30 anos desfila.


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Por Baixo do Pano Documentário 10 minutos

Direção: Camila Morgause e Fabrício Jabar
Diz a lenda que o Mandu, personagem folclórico do Recôncavo baiano, surgiu da história de um casal que brigava muito. Em uma das brigas, o marido rogou uma praga para que, sua mulher grávida tivesse um filho com pernas tortas. E assim aconteceu. Eles tiveram três filhos com deficiência e foram morar no mato envergonhados.
Um dia, na festa de Iemanjá, eles foram às ruas vestidos de maneira que não fossem vistos. Nos dias de hoje, pessoas da comunidade de Cachoeira se vestem de Mandu e saem às ruas cantarolando e esbanjando mistério.

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Realização Coletiva com supervisão de Rogério Leandro

Vários aspectos da cultura, a partir de um seminário realizado em SP: produção e assimilação.




Realizadores debatem suas produções.
Bate papo + Música
Mais Informações:

lunetim@hotmail.com

11 – 3214.3906 / 7038.6836 / 6181-2405


Apoio: 

CINE AFRO SEMBENE APRESENTA neste sábado 20/11: ZUMBI SOMOS NÓS

CINE AFRO SEMBENE APRESENTA:

Sábado, 20/11 ás 19h00

Zumbi Somos Nós

Sinopse: Manifesto sonoro e visual que traz as novas sonoridades e imagens urbanas, e seu elo indivisível com o legado afro-brasileiro. Espécie de bricolagem que une os tambores ancestrais, os ritmos contemporâneos e as novas simbologias visuais. “Zumbi Somos Nós” propõe uma reflexão sobre questões raciais na sociedade brasileira contemporânea e a criação de estratégias artísticas para responder a estas questões, inscrevendo na vida cotidiana novas formas de olhar, pensar e agir. O documentário é um desdobramento da linguagem da Frente 3 de Fevereiro, grupo que aborda o racismo na sociedade através de intervenções artísticas, e cria um diálogo afinado entre imagem e som, norteado por narradores-personagens-mc’s.

Ficha técnica: Documentário. Brasil, 2007. Duração: 52 minutos. Direção: Frente 3 de Fevereiro.

Orikí


Sinopse: O matriarcado periférico, onde mulheres são a referência, arrimo e lugar da esperança para seus filhos e netos. Uma atriz ensaia no palco uma releitura de fatos cotidianos e históricos, atuais e passados, e que se repetem na trajetória de vida da mulher negra, traduzindo através de poemas declamados e cantados e de movimentos coreografados as emoções, sensações e realizações dessas mulheres. Essa encenação é intercalada com cenas reais de depoimentos e vivencias de mulheres cujo exemplos à inspiram em sua performance.

Ficha Técnica
Origem: Brasil, 2009. Duração: 8 minutos. Direção: Fernando Alabê, Franciane Maciel e Oubí Inaê Kibuko. Pesquisa: Coletiva. Roteiro: Fernando Alabê. Direção de Fotografia: Diego F. F. Soares. Assistente de Fotografia: Sandra Chaves e Oubí Inaê Kibuko. Som: Diego F. F. Soares. Trilha Original: Fernando Alabê, Diego F. F. Soares e Kauê Palizolli. Montagem e Edição de Som: Luiz Beto Perocini e Kauê Palazolli. Produção: Real Drama Produções - Escola Livre de Cinema e Video de Santo André - Franciane Maciel.

Local: Associação Centro Cineclubista de São Paulo – 19h00 – entrada franca
Rua Augusta, 1239 – cj. 13 e 14 – São Paulo/SP – próximo ao metrô Consolação
Informações: (11)3214-3906 – www.centrocineclubista.blogspot.com
Colaboração: Cabeças Falantes – www.tamboresfalantes.blogspot.com

III BAFF

CECISP PROMOVE III MOSTRA BAFF EM SÃO PAULO-GALERIA OLIDO / CINE GRAJAÚ

A Mostra Itinerante do III Bahia Afro Film Festival tem por objetivo a difusão dos filmes premiados no festival que leva o mesmo nome, realizado em maio de 2010 em Cachoeira – Bahia. Este festival é uma atividade cineclubista que reflete sobre a diáspora africana e se propõe a difundir uma cinematografia pouco conhecida pelo público em geral, por meio de exibições, debates e a presença de conferencistas a exemplo de Geraldo Sarno, Luiz Cachoeira, Lázaro Farias, Solange Lima e outros realizadores e intelectuais da área do audiovisual..
Em São Paulo, A Mostra BAFF ocorrerá de 05 a 11 de novembro, dentro das atividades do mês da Consciência Negra, na Galeria Olido, no Centro Cineclubista de São Paulo – CECISP, no ABC DINDA (Associação Beneficente e Cultural Dinda),PISC DINDA - UNICASTELO e no Cineclube Grajaú.
No projeto DINDA da Unicastelo, as exibições acontecerão no Campus de Itaquera, no período da manhã e da noite. Lá acontecerá também o Seminário de Antropologia Audiovisual e uma Oficina de Formação Cineclubista.

Na Galeria Olido haverá também debates com a participação de convidados especiais.

O BAFF é coordenado pelo cineasta Lázaro Farias e tem a curadoria de Lú Cachoeira.

Programação Cine Olido:

5/11

17h00

MANDINGA EM COLÔMBIA, de Lázaro Farias, Doc. 26 min. Salvador/BA.
Dois mestres de capoeira e um realizador cinematográfico, percorrem a Colômbia (Bogotá, Cartagena de lãs Índias, Santa Marta, Malanga, Palenke de San Basílio, Calilli, Buenaventura0, onde registram o encontro da capoeira com as tradições afro-colombianas.
Filme Convidado

PASTINHA, UMA VIDA PARA A CAPOEIRA, de Antônio Carlos Muricy, doc. 56 min. Salvador/BA.
Nova versão do conhecido documentário homônimo sobre o lendário mestre Pastinha, o maior mestre da capoeira Angola, acrescido de novas imagens e informações.
Filme Convidado

TRILOGIA DO REGGAE, de Volney Menezes e Johny Guimarães, 62 min. Doc. Feira de Santa/BA.
A trajetória artística de três reggaemen feirenses que consolidam seu universo musical de matriz africana. Trata das manifestações do candomblé, cerne de uma história de resistência negra, de questões da militância ideológica e de pertencimento contidas nas composições apresentadas.
Prêmio: Melhor Trilha Sonora do IIIº BAFF

19h30 
 
(Filme a confirmar) Abertura Oficial com filme convidado e presença do Diretor.

7/11

15h 
 
GRAFFITI, de Lilian Solá Santiago, 10 min. São Paulo.
São Paulo, a cidade mais grafitada do mundo, acompanha o role solitário de Ale, em uma das semanas mais sinistras que a cidade viveu: dos ataques do PCC à violenta revanche da polícia. O que o move a enfrentar as ruas nessa noite?
Prêmio: Mensão honrosa

GISELE OMINDAREWA, de Clarice Ehlers Peixoto, 52 min. Rio de Janeiro/RJ.
Francesa de nascimento. Africana por afinidade. Brasileira por destino. Essa é a vida de Gisele Cossad, posteriormente Gisele Cossad Omindarewa, mãe de santo francesa que vive há muitos anos na baixada fluminense. O filme procura reconstruir sua trajetória, através das lembranças de sua infância e juventude nos bairros nobres de Paris, até sua vinda ao Brasil.
Prêmio: Melhor Filme Doc. de Média-Metragem do IIIº BAFF

RIO DE MULHERES, de Cristina Mure e Joana Oliveira, 21 min. Doc. Belo Horizonte/MG
È sobre a rotina de mulheres que vivem somente entre crianças e outras mulheres, em um ambiente muito seco, onde a água é escassa. Comunidades rurais, remanescentes de quilombolas, em uma região árida de Minas Gerais. Seus maridos, filhos e netos maiores de 16 anos, passam a maior parte do ano trabalhando na coleta de cana em São Paulo.
Prêmio: Melhor filme Doc. Curta-Metragem do Festival do IIIº BAFF

MARIA DO PARAGUAÇU, de Camila Dutevil, 26 min. Doc. São Francisco do Paraguaçu/BA.
“Maria do Paraguaçu” revela a luta por terra e liberdade, atrvés do olhar de uma mulher que resiste pela dignidade de seu povo.
Prêmio: Mensão Honrosa do IIIº BAFF

BLACK BERLIM, de Sabrina Fidalgo, 19 min. Brasil/Alemanha
Nelson é um estudante de engenharia, que estuda e vive em Berlim e leva uma vida distante de suas raízes, até encontrar Maria, uma estudante ilegal do Senegal. Nelson começa a ter visões de personagens estereotipadas que o remetem a um passado que ele preferiria esquecer.
Prêmio: Mensão Honrosa do IIIº BAFF

17h 
 
REVERSO, de Francisco Colombo, ficção, 5,38 min. e 38 seg.
O que diferencia os indivíduos é a capacidade de resolver determinados atos.
Prêmio: Melhor Roteiro do IIIº BAFF

RECONVEXO, de Volney Menezes e Johny Guimarães, 05 min. Doc. Cachoeira/São Felix/BA.
Resultado de uma oficina de vídeo no Recôncavo da Bahia, o documentário trata de trivialidade entre os moradores das cidades de Cachoeira e São Felix, municípios separados pelo rio Paraguaçu e unidos pela Ponte D. Pedro II.
Prêmio: Mensão Honrosa do IIIº BAFF

CANTADOR DE CHULA, de Marcelo Rabelo, 95 min. Doc. Salvador/BA.
O samba de roda foi declarado como patrimônio imaterial brasileiro pelo IPHAN, em 2004, e como patrimônio cultural e imaterial da humanidade pela UNESCO, em 2005, fortalecendo o reconhecimento da arte de matriz africana que durante séculos tem sido reprimida e menosprezada. O Cantador de Chula é mais uma pedra na reconstrução do mosaico que representa a trajetória dos descendentes africanos no Brasil.
Prêmio: Cineclubista Luiz Orlando da Silva do IIIº BAFF

9/11

15h

(Filme a confirmar) Exibição de um filme convidado com a presença do Diretor e Equipe Técnica.

17h

(Filme a confirmar) Exibição de um filme convidado com a presença do Diretor e Equipe Técnica.

10/11

17h

NEGO, de Silvio Leite e Marko Ajdaric, 03 min. Salvador/BA.
Uma homenagem ao baiano Theodoro Sampaio, o intelectual negro mais fecundo que o Brasil conheceu. Utiliza os quadrinhos como aporte visual e dramático, com destaque para a trilha sonora.
Prêmio: Melhor Curta Experimental do IIIº BAFF

BOM DIA, ETERNIDADE, de Rogério Moura, LM, 98 min. São Paulo
Clementino foi um famoso jogador d futebol. Participou da Seleção Brasileira, na Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Atualmente vive de lembranças de um tempo de glória e sucesso. Tornou-se uma pessoa amarga e rancorosa. Odete, sua esposa, é ao mesmo tempo companheira, mãe e enfermeira. Um dia, um acontecimento mágico mudará a rotina do casal.
Premia: Casa de Cinema da Bahia do IIIº BAFF

19h30

REVERSO, de Francisco Colombo, ficção, 5,38 min. e 38 seg.
O que diferencia os indivíduos é a capacidade de resolver determinados atos.
Prêmio: Melhor Roteiros do IIIº BAFF

CANTADOR DE CHULA, de Marcelo Rabelo, 95 min. Doc. Salvador/BA.
O samba de roda foi declarado como patrimônio imaterial brasileiro pelo IPHAN, em 2004, e como patrimônio cultural e imaterial da humanidade pela UNESCO, em 2005, fortalecendo o reconhecimento da arte de matriz africana que durante séculos tem sido reprimida e menosprezada. O Cantador de Chula é mais uma pedra na reconstrução do mosaico que representa a trajetória dos descendentes africanos no Brasil.

11/11

17h 

DOIDO LELÉ, de Ceci Alves, ficção, 17,15”, Salvador:BA.
Caetano sonha em ser cantor de rádio na década de 50, e foge todas as noites de casa para tentar, sem sucesso, a sorte em programa de calouros. Até que uma noite ele aposta tudo numa louca e definitiva performance.
Prêmio: Melhor Curta de Ficção do III º BAFF

CINDERELAS, LOBOS E UM PRINCIPE ENCANTADO, de Joelzito Araújo, 90 min. Rio de Janeiro/RJ.
Viajando pelo nordeste brasileiro e pela Europa (Itália e Alemanha), o diretor discute o sonho de cinderela de várias mulheres brasileiras que buscam encontrar um marido europeu. Muitas migram e se tornam dançarinas em apresentações de ritmos ligados ao Brasil. Sem estudo ou formação profissional, outras transformam-se em prostitutas. Somente uma minoria consegue criar o seu final feliz.
Prêmio: Melhor filme de longa metragem documentário do IIIº BAFF

19h30

Sessão de Encerramento com a presença do diretor, acompanhada de debate após a sessão.

Programação Cine Grajaú:

5/11

16h00

MANDINGA EM COLÔMBIA, de Lázaro Farias, Doc. 26 min. Salvador/BA.
Dois mestres de capoeira e um realizador cinematográfico, percorrem a Colômbia (Bogotá, Cartagena de lãs Índias, Santa Marta, Malanga, Palenke de San Basílio, Calilli, Buenaventura0, onde registram o encontro da capoeira com as tradições afro-colombianas.
Filme Convidado

PASTINHA, UMA VIDA PARA A CAPOEIRA, de Antônio Carlos Muricy, doc. 56 min. Salvador/BA.
Nova versão do conhecido documentário homônimo sobre o lendário mestre Pastinha, o maior mestre da capoeira Angola, acrescido de novas imagens e informações.

Filme Convidado

18h00 
 
Abertura  (filme a definir) com a presença do diretor, acompanhada de debate após a sessão.

6/11

16h00

MARIA DO PARAGUAÇU, de Camila Dutevil, 26 min. Doc. São Francisco do Paraguaçu/BA.
“Maria do Paraguaçu” revela a luta por terra e liberdade, atrvés do olhar de uma mulher que resiste pela dignidade de seu povo.
Prêmio: Mensão Honrosa do IIIº BAFF

BLACK BERLIM, de Sabrina Fidalgo, 19 min. Brasil/Alemanha
Nelson é um estudante de engenharia, que estuda e vive em Berlim e leva uma vida distante de suas raízes, até encontrar Maria, uma estudante ilegal do Senegal. Nelson começa a ter visões de personagens estereotipadas que o remetem a um passado que ele preferiria esquecer.
Prêmio: Mensão Honrosa do IIIº BAFF

RIO DE MULHERES, de Cristina Mure e Joana Oliveira, 21 min. Doc. Belo Horizonte/MG
É sobre a rotina de mulheres que vivem somente entre crianças e outras mulheres, em um ambiente muito seco, onde a água é escassa. Comunidades rurais, remanescentes de quilombolas, em uma região árida de Minas Gerais. Seus maridos, filhos e netos maiores de 16 anos, passam a maior parte do ano trabalhando na coleta de cana em São Paulo.
Prêmio: Melhor filme Doc. Curta-Metragem do Festival do IIIº BAFF

18h00
NEGO, de Silvio Leite e Marko Ajdaric, 03 min. Salvador/BA.
Uma homenagem ao baiano Theodoro Sampaio, o intelectual negro mais fecundo que o Brasil conheceu. Utiliza os quadrinhos como aporte visual e dramático, com destaque para a trilha sonora.
Prêmio: Melhor Curta Experimental do IIIº BAFF

BOM DIA, ETERNIDADE, de Rogério Moura, LM, 98 min. São Paulo
Clementino foi um famoso jogador d futebol. Participou da Seleção Brasileira, na Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Atualmente vive de lembranças de um tempo de glória e sucesso. Tornou-se uma pessoa amarga e rancorosa. Odete, sua esposa, é ao mesmo tempo companheira, mãe e enfermeira. Um dia, um acontecimento mágico mudará a rotina do casal.
Prêmio: Casa de Cinema da Bahia do IIIº BAFF

7/11

16h00

GRAFFITI, de Lilian Solá Santiago, 10 min. São Paulo.
São Paulo, a cidade mais grafitada do mundo, acompanha o role solitário de Ale, em uma das semanas mais sinistras que a cidade viveu: dos ataques do PCC à violenta revanche da polícia. O que o move a enfrentar as ruas nessa noite?
Prêmio: Mensão honrosa

GISELE OMINDAREWA, de Clarice Ehlers Peixoto, 52 min. Rio de Janeiro/RJ.
Francesa de nascimento. Africana por afinidade. Brasileira por destino. Essa é a vida de Gisele Cossad, posteriormente Gisele Cossad Omindarewa, mãe de santo francesa que vive há muitos anos na baixada fluminense. O filme procura reconstruir sua trajetória, através das lembranças de sua infância e juventude nos bairros nobres de Paris, até sua vinda ao Brasil.
Prêmio: Melhor Filme Doc. de Média-Metragem do IIIº BAFF

18h00

REVERSO, de Francisco Colombo, ficção, 5,38 min. e 38 seg.
O que diferencia os indivíduos é a capacidade de resolver determinados atos.
Prêmio: Melhor Roteiro do IIIº BAFF

CANTADOR DE CHULA, de Marcelo Rabelo, 95 min. Doc. Salvador/BA.
O samba de roda foi declarado como patrimônio imaterial brasileiro pelo IPHAN, em 2004, e como patrimônio cultural e imaterial da humanidade pela UNESCO, em 2005, fortalecendo o reconhecimento da arte de matriz africana que durante séculos tem sido reprimida e menosprezada. O Cantador de Chula é mais uma pedra na reconstrução do mosaico que representa a trajetória dos descendentes africanos no Brasil.
Prêmio: Cineclubista Luiz Orlando da Silva do IIIº BAFF

12/11

16h00
 
RECONVEXO, de Volney Menezes e Johny Guimarães, 05 min. Doc. Cachoeira/São Felix/BA.
Resultado de uma oficina de vídeo no Recôncavo da Bahia, o documentário trata de trivialidade entre os moradores das cidades de Cachoeira e São Felix, municípios separados pelo rio Paraguaçu e unidos pela Ponte D. Pedro II.
Prêmio: Mensão Honrosa do IIIº BAFF

TRILOGIA DO REGGAE, de Volney Menezes e Johny Guimarães, 62 min. Doc. Feira de Santa/BA.
A trajetória artística de três reggaemen feirenses que consolidam seu universo musical de matriz africana. Trata das manifestações do candomblé, cerne de uma história de resistência negra, de questões da militância ideológica e de pertencimento contidas nas composições apresentadas.
Prêmio: Melhor Trilha Sonora do IIIº BAFF

18h00

DOIDO LELÉ, de Ceci Alves, ficção, 17,15”, Salvador:BA.
Caetano sonha em ser cantor de rádio na década de 50, e foge todas as noites de casa para tentar, sem sucesso, a sorte em programa de calouros. Até que uma noite ele aposta tudo numa louca e definitiva performance.
Prêmio: Melhor Curta de Ficção do III º BAFF

CINDERELAS, LOBOS E UM PRINCIPE ENCANTADO, de Joelzito Araújo, 90 min. Rio de Janeiro/RJ.
Viajando pelo nordeste brasileiro e pela Europa (Itália e Alemanha), o diretor discute o sonho de cinderela de várias mulheres brasileiras que buscam encontrar um marido europeu. Muitas migram e se tornam dançarinas em apresentações de ritmos ligados ao Brasil. Sem estudo ou formação profissional, outras transformam-se em prostitutas. Somente uma minoria consegue criar o seu final feliz.
Prêmio: Melhor filme de longa metragem documentário do IIIº BAFF

13/11

16h00

TERRA DEU, TERRA COME,

Filme Convidado

18h30

NEGO, de Silvio Leite e Marko Ajdaric, 03 min. Salvador/BA.
Uma homenagem ao baiano Theodoro Sampaio, o intelectual negro mais fecundo que o Brasil conheceu. Utiliza os quadrinhos como aporte visual e dramático, com destaque para a trilha sonora.
Prêmio: Melhor Curta Experimental do IIIº BAFF

BOM DIA, ETERNIDADE, de Rogério Moura, LM, 98 min. São Paulo
Clementino foi um famoso jogador d futebol. Participou da Seleção Brasileira, na Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Atualmente vive de lembranças de um tempo de glória e sucesso. Tornou-se uma pessoa amarga e rancorosa. Odete, sua esposa, é ao mesmo tempo companheira, mãe e enfermeira. Um dia, um acontecimento mágico mudará a rotina do casal.
Premia: Casa de Cinema da Bahia do IIIº BAFF


14/11

17h

BATATINHA, Poeta do Samba

(Filme convidado)

18h00

CIDADE DAS MULHERES

(Filme convidado)

mijar

fanzine irracional e emocional