Situações estarrecedoras
que enfrento

todos os dias saio pelo mesmo caminho e não
ando
em frente ao espelho da memória da vida
que dicotomia conturbadora
perda da identidade que nem me coube
suplícios do pensamento
aleatórios

Deixando Tudo...

Quando me afastei ainda pude ouvir o restante melódico final da música que pairava no ambiente. Não foi algo muito fácil aquela execução, porém, trabalhos árduos são sempre os mais reconfortantes. Pude, assim, me regozijar.
Saindo de cena e planejando um futuro incerto, mas que, com certeza, aconteceria. Futuros são sempre incorretos, imprevisíveis, óbvios...unanimes. Sempre que posso penso no futuro. Realizar essa tarefa é, para mim, um exercício de inteligência absoluta e eficaz.
Afastei-me e desfrutei o ato. Insano até certa perspectiva. Desqualificado e insano. É isso.
Já ganhando distância da cena rememoro os atos: calamidades do momento. A morte como uma penitência redimível. Inumano?! O que será que somos todos? Bárbaros e sangüinolentos! Risível é a nossa pior condição; risível e injustificável. Mas não cabe a mim essas digressões filosóficas acerca de qualquer situação. Momentos são assim mesmo. A vida é algo de extremo morrer. Morremos todos. Penso nessa justificativa e não sinto emoções maiores.
Tento contemplar, agora, a minha mais nova condição: procrastinador. Uso esse termo por falta de outro mais adequado. Na verdade, sou além daquilo que sempre fui. Não há termos definitivos. Os últimos atos são os melhores; são os que te satisfazem amplamente. Deixam saudades. Temos que ser perseverantes para não retornamos àquilo que sempre fomos. Congênere de qualquer simulacro. Ah, essa razão. Faço umas maldições e prevejo a alma do infeliz além da memória. Os olhos são os piores nestes momentos. Eles te pedem silenciosamente. Te imploram pela vida. Por mais mesquinha e ridícula que seja essa vida. Mas tudo são ciclos. Não pensar num ato já pode ser o suficiente. O que tem que ser feito é rápido. É preciso mais que agilidade para que a ação seja indolor. Por mais que não desejamos, nossa vontade não é posta na ordem, ela é incabível ao tempo.
Redimir não é exatamente o que faço. Mas posso pensar assim para acalentar a consciência. Justiça seria um exagero, não pela ação em si, mas pelo simples fato dela não existir. Subjetivismo. Bom, isso nem vem ao caso aqui. Pensamentos tolos.
Deixando tudo...quero outros desejos, outras virtudes que nem sei quais. Só quero e pronto. Começar algo é o que dificulta. Depois somos crianças em fase oral. Experimentando e criando gostos.
Revolto por aí, num caminho rompido; prometedor da falsa euforia, um fato...ato falho da ignorância maior. Comparsas da desgraça. Sei muito bem das qualidades que não se esclarecem jamais. A mercê de opiniões. Não emito conceitos. Vida e morte no sofrimento comensurável.
Deixar tudo é um desafio à própria casualidade do existir. Resolver a vida é que é uma substância de exagero. Resolvi a minha?, estou tentando. Juro que estou. Faço esses trabalhos...mas já deixei a prioridade para outras farsas.
Pedido de perdão não redimi nada. Apenas manuseio o equipamento. Faço isso muito bem, não deixo vestígios. Nada pode me comprometer. Nada.
Vou ao encontro de uma vida que desejo nesse instante. Estou calmo e pensativo. Quero esquecer algumas coisas e prossegui. Talvez uma viagem. Talvez um roteiro tropical. Água de coco, frutos do mar e morenas bailando; vento no rosto. A vida digna de ser realmente experimentada.
Todavia acertos precisam ser transpostos de direção. Direcionar um ato para que esse não nos atormente nunca. Resolvido a questão, então, aí começa o Nirvana. Equilíbrio não pode ser apenas uma palavra. Quem faz as dádivas do existir somos apenas nós. Não há signos aqui, apenas um eu transmutável no tempo-espaço dessa ocasião.
Agora, no espaço de memória...da minha memória, sorrio. Estou realmente vivendo essa situação. Mudar é um deslize que me proponho. Desde a mais absurda temporada atroz que presenciei no próprio corpo até a idiossincrasia da alma, venho percorrendo o absurdo.
Agora, depois de tudo que fiz, posso me resplandecer dos desvarios, talvez inconvenientes, que minha vida trilhou; não que eu me arrependa ou sinta compaixão, não é isso, são outras substâncias. São profecias de ilusões de um simples trabalho. Um como outro qualquer. Encaro a coisa como um operário encararia sua rotina maquinal. A transfiguração do momento é que é deturpada. Nós mesmos não nos damos por contentes com previsões atrozes; sim, não nos realizamos com essas questões, mas somos, todos, atrozes. Somos sádicos que percorrem extensões variadas para a satisfação da volúpia que clama por horrores.
Deixo tudo. Relego a insanidade profunda do querer. Irradio meus anseios para longe do meu olhar, onde, quem sabe, eu não enxergue uma fagulha sequer. Tenho quereres, óbvio, insolentes. Tenho manifestações inquietantes. Só que sei dar tréguas as ansiedades. Não sou alguém a procura de uma felicidade corriqueira e fugaz. -
Meus préstimos à sociedade foram de uma demanda imprescindível. -
O contigente populacional que sobressai e vive às margens é um belo exemplo de como meu serviço calha. Gratificante é aquém da razão. Nem por isso me gabo dos feitos.
O que é é e ponto final.

DEIXANDO TUDO...


Quando me afastei ainda pude ouvir o restante melódico final da música que pairava no ambiente. Não foi algo muito fácil aquela execução, porém, trabalhos árduos são sempre os mais reconfortantes. Pude, assim, me regozijar.
Saindo de cena e planejando um futuro incerto, mas que, com certeza, aconteceria. Futuros são sempre incorretos, imprevisíveis, óbvios...unanimes. Sempre que posso penso no futuro. Realizar essa tarefa é, para mim, um exercício de inteligência absoluta e eficaz.
Afastei-me e desfrutei o ato. Insano até certa perspectiva. Desqualificado e insano. É isso.
Já ganhando distância da cena rememoro os atos: calamidades do momento. A morte como uma penitência redimível. Inumano?! O que será que somos todos? Bárbaros e sangüinolentos! Risível é a nossa pior condição; risível e injustificável. Mas não cabe a mim essas digressões filosóficas acerca de qualquer situação. Momentos são assim mesmo. A vida é algo de extremo morrer. Morremos todos. Penso nessa justificativa e não sinto emoções maiores.
Tento contemplar, agora, a minha mais nova condição: procrastinador. Uso esse termo por falta de outro mais adequado. Na verdade, sou além daquilo que sempre fui. Não há termos definitivos. Os últimos atos são os melhores; são os que te satisfazem amplamente. Deixam saudades. Temos que ser perseverantes para não retornamos àquilo que sempre fomos. Congênere de qualquer simulacro. Ah, essa razão. Faço umas maldições e prevejo a alma do infeliz além da memória. Os olhos são os piores nestes momentos. Eles te pedem silenciosamente. Te imploram pela vida. Por mais mesquinha e ridícula que seja essa vida. Mas tudo são ciclos. Não pensar num ato já pode ser o suficiente. O que tem que ser feito é rápido. É preciso mais que agilidade para que a ação seja indolor. Por mais que não desejamos, nossa vontade não é posta na ordem, ela é incabível ao tempo.
Redimir não é exatamente o que faço. Mas posso pensar assim para acalentar a consciência. Justiça seria um exagero, não pela ação em si, mas pelo simples fato dela não existir. Subjetivismo. Bom, isso nem vem ao caso aqui. Pensamentos tolos.
Deixando tudo...quero outros desejos, outras virtudes que nem sei quais. Só quero e pronto. Começar algo é o que dificulta. Depois somos crianças em fase oral. Experimentando e criando gostos.
Revolto por aí, num caminho rompido; prometedor da falsa euforia, um fato...ato falho da ignorância maior. Comparsas da desgraça. Sei muito bem das qualidades que não se esclarecem jamais. A mercê de opiniões. Não emito conceitos. Vida e morte no sofrimento comensurável.
Deixar tudo é um desafio à própria casualidade do existir. Resolver a vida é que é uma substância de exagero. Resolvi a minha?, estou tentando. Juro que estou. Faço esses trabalhos...mas já deixei a prioridade para outras farsas.
Pedido de perdão não redimi nada. Apenas manuseio o equipamento. Faço isso muito bem, não deixo vestígios. Nada pode me comprometer. Nada.
Vou ao encontro de uma vida que desejo nesse instante. Estou calmo e pensativo. Quero esquecer algumas coisas e prossegui. Talvez uma viagem. Talvez um roteiro tropical. Água de coco, frutos do mar e morenas bailando; vento no rosto. A vida digna de ser realmente experimentada.
Todavia acertos precisam ser transpostos de direção. Direcionar um ato para que esse não nos atormente nunca. Resolvido a questão, então, aí começa o Nirvana. Equilíbrio não pode ser apenas uma palavra. Quem faz as dádivas do existir somos apenas nós. Não há signos aqui, apenas um eu transmutável no tempo-espaço dessa ocasião.
Agora, no espaço de memória...da minha memória, sorrio. Estou realmente vivendo essa situação. Mudar é um deslize que me proponho. Desde a mais absurda temporada atroz que presenciei no próprio corpo até a idiossincrasia da alma, venho percorrendo o absurdo.
Agora, depois de tudo que fiz, posso me resplandecer dos desvarios, talvez inconvenientes, que minha vida trilhou; não que eu me arrependa ou sinta compaixão, não é isso, são outras substâncias. São profecias de ilusões de um simples trabalho. Um como outro qualquer. Encaro a coisa como um operário encararia sua rotina maquinal. A transfiguração do momento é que é deturpada. Nós mesmos não nos damos por contentes com previsões atrozes; sim, não nos realizamos com essas questões, mas somos, todos, atrozes. Somos sádicos que percorrem extensões variadas para a satisfação da volúpia que clama por horrores.
Deixo tudo. Relego a insanidade profunda do querer. Irradio meus anseios para longe do meu olhar, onde, quem sabe, eu não enxergue uma fagulha sequer. Tenho quereres, óbvio, insolentes. Tenho manifestações inquietantes. Só que sei dar tréguas as ansiedades. Não sou alguém a procura de uma felicidade corriqueira e fugaz. -
Meus préstimos à sociedade foram de uma demanda imprescindível. -
O contigente populacional que sobressai e vive às margens é um belo exemplo de como meu serviço calha. Gratificante é aquém da razão. Nem por isso me gabo dos feitos.
O que é é e ponto final.

Itaim Paulista e sua merda toda
.
Acorado no submundo de um simples terreno,

cede ao tempo...

algo invulnerável.

Itaim Paulista agora no espaço geográfico do além:

paisagem enterrada...

submersa;
acaso nas suas ruas emburacadas...

asfaltadas.

Rios...

Córregos...

Só ilusões.

Itaim Paulista da várzea.

Uma peripécia danada até a metrópoles.

Qualquer que seja esse destino:

vagabundos vagueiam.

Pequenos seres que aqui dormem;

pequenas esperanças.

Verde que sucumbi ao concreto.

Desconstruções da memória.

Itaim Paulista da fugacidade,

da grande esperança que resta;

do mimetismo inerente.
Sonhos...

Construtores da Urbe,

que sem capacidade coeficiente,

ficaram à mercê da engrenagem.

Máquinas de entulhos;

rebeldes de ocasiões.

Manifestações.

Orgasmos:

desejos inusitados.
Querer ser feliz.

O romper do caminho;

tão pequena é a existência,

mas grande é a vontade

de existir:

fronteiras.

Partir.

A felicidade é acolhedora.

Fazer do local seu local.

Itaim Paulista da descontinuidade,

do tempo presente ao

embutido no espaço:

ausente.

mijar

fanzine irracional e emocional