O CAMINHO DAS PEDRAS
Sempre que paramos, raciocinamos e nos perguntamos se algo do que estamos realizando realmente vale a pena ser realizado, surgi uma das dúvidas mais cruéis da humanidade. Mas como outras tantas situações da nossa vida, tal pergunta nem sempre é respondida, apenas idealizamos essa resposta e seguimos; por vezes até somos tentados a eliminar esse pensamento, porém a tentação de auto-questionamento nem sempre prevalece.Temos uma capacidade extraordinária para exercer nosso talento – em todos os sentidos – mas isso vai sendo podado em alguns de nós no decorrer de nossa existência. O entusiasmo e a criatividade são naturais de qualquer criança (sadia); isso implica num processo (natural) de graduação continua de alegria e contentamento. Nossa habilidade vai desvanecendo no momento que vamos nos tornando adulto e isso graças a pressões das famílias e, também, de uma sociedade (aqui incluso escolas e professores) sem conceitos e totalmente ignorantes dessa criatividade humana. O psicólogo e anarquista Roberto Freire faz uma avaliação bem polêmica a esse respeito, segundo ele, o amor que uma mãe [acha que] tem por seu filho é um dos piores amores possíveis, ele chama esse amor de amor autoritário. É um tipo de amor dominador, sem deixar brechas para o outro manifestar suas criatividades e necessidades. Concordo com ele. Sei que será difícil convencer uma mãe disso, mas essa mesma mãe, biológicamente, só está preparada para guardar a sobrevivência de seus rebanhos, isso é totalmente irracional. Nesse tempos ditos modernos, alguns conceitos estão sendo jogados por água a baixo; esse discussão torna-se subjetiva num determinado ponto de raciocínio. Para alguns a teoria da modernidade tende a tornar a vida mais completa, outros vêem nessa modernidade um aniquilamento total das premissas mais interessantes para o ser humano. Mas, por outro lado, o auto-conhecimento nos leva a um âmbito exclusivo. Tomamos essa clareza do inconsciente e distribuímos em ações conscientes (JUNG), dando força às nossas formações e tomamos decisões amplas. Esse auto-conhecimento nos leva a uma melhoria nas relações com o outro; nossas vidas melhoram e isso é prazível para a relação cooperativa dentro da sociedade.
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