Festival de Video Tela Digital

Está chegando o primeiro Festival de Video Tela Digital. Você inscreve o seu vídeo pela internet e ele pode ser selecionado, através de votação, para exibição no programa de televisão Festival Tela Digital, que será veiculado pela TV Brasil em 2009. São 500,00 para cada vídeo exibido na TV, e 60 Mil Reais em prêmios para os melhores videos!O Festival Tela Digital une a TV Brasil, autora e financiadora da idéia e a Kinoforum, organizadora e produtora do festival, promovendo a descoberta de novos olhares e uma troca maior entre a Televisão, a Internet e os produtores audiovisuais independentes.



Você é livre para contar o que quiser. Pedimos apenas que os vídeos sejam inéditos na TV e que não contenham material pornográfico, preconceituoso, nem violem a privacidade de outras pessoas ou não tenham caráter institucional, promocional ou publicitário. O programa é para todos os públicos e a classificação indicativa dos vídeos deve ser livre.

E o melhor! Seu vídeo pode ser realizado com qualquer tipo de equipamento: câmeras de vídeos, câmeras fotográficas digitais, celulares ou animações feitas em computador. E deve ter de 3 a 8 minutos de duração, com os créditos inclusos.





As inscrições vão do dia 6 de Dezembro de 2008 à 31 de Maio de 2009.
Quanto antes você inscrever seu vídeo, maiores são as suas chances de participar!

Se você já tem um filme...demorou! Se teu filme ainda estiver na cabeça...abra a sua cabeça! Dá tempo. E sobra. Uma boa idéia é tudo o que você precisa. Entre no site para ter a informação completa e não esqueça: O tempo já está correndo!

Acesse o site www.teladigital. org.br e participe da democratização da Televisão! Desentube-se!

Comunicação e Ferramentas Web
As dúvidas mais frequentes estão respondidas em nossa FAQ. Por favor leia-a atentamente antes de enviar a sua.

Nossa equipe estará disponível através de ferramentas gratuitas da web. Então, se você está em outro estado ou não conseguiu resolver suas dúvidas em nossa FAQ, fale conosco:
GoogleTalk: teladigital@ kinoforum. org
Email: teladigital@ kinoforum. org

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sem título -



CINECLUBE LUNETIM MÁGICO, convida:

CINECLUBE LUNETIM MÁGICO
Rua Augusta 1239, 1º. Andar, conjuntos 13 e 14
Sábado, 28 de Fevereiro, às 19 horas - grátis

www.lunetim.blogspot.com
www.lunetim.com.br

jmontalvao@yahoo.com.br / curtas@lunetim.com.br
11 – 7038.6836


programação:


Anita Garibaldi, um acampamento – Documentário - 16min.
Direção: Anita Jardim, Roberto Samuel e Davi Amorim

Acampamento do MTST na cidade de Guarulhos; o ­filme mostra a organização, desafios e sonhos das famílias acampadas.

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Poesia do Cotidiano - documentário/vídeo experimental

Só um minuto – 9 min. 40 segs.
Coordenação: Anahi Santos / Gabriela Leirias

Diversas pessoas falam do seu cotidiano, para isso elas têm apenas 1 minuto.

Um Bom Retiro? – 15 min.
Criação Coletiva – Coordenação: Anahi Santos

Grupo de artistas saem nas ruas do Bairro do Bom Retiro, em São Paulo, num misto de brincadeiras entrevistas, questionando as pessoas sobre o que é um bom retiro?

Em Compassos... impressões do cotidiano – 7 min.
Criação Coletiva – Coordenação: Gabriela Leirias

Um registro do cotidiano onde as imagens relatam os afazeres, os passeios; transeuntes à toa e as circunstâncias diárias da cidade.

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Crônica Urbana – Documentário – 4 min. 10 segs.
Direção: Daniel Baptista

- Final do dia e o coletador de matérias reciclados, Romeu Sérgio, arruma seu material de trabalho.

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Crimes, Drogas & Rock´n Roll – Documentário - 8 minutos.

- Doc sobre ex-prisioneiro da penitenciária que mora no Campo Limpo e fala sobre cadeia, drogas, PCC.


Ao final das projeções haverá um bate-papo e depois a apresentação do músico Antonio de Todos os Cantos
www.antoniogomespoesia.blogspot.com


REALIZAÇÃO:
CINECLUBE LUNETIM MÁGICO

APOIO:
CINECLUBE BAIXA AUGUSTA e PONTO DE CULTURA AUDIOVISUALISTAS

APOIO CULTURAL:

PHYTOTERÁPICA (www.phytoterapica.com.br)
JONILSON MONTALVÃO FOTOGRAFIA (www.fotostrabalhos.blogspot.com)

Dentro de um campo, à espera do futuro...(jonilson montalvão)

Meu filho nasceu no lugar que eu jogava bola. Foi num Sábado, 27 de dezembro, 2008... corria feito um cavalo livre sem rédeas e sem direção; o mato desviava tudo à sua volta. Meu filho nasce pequeno, pequenininho mesmo. Aruan. Com N no final, é como a mãe deseja. Sim, é lindo.
Eu não parava naquilo do bairro, dos limites do mundo que era o meu e nada mais; daquilo que o sonho da infância sempre soube e sempre estava ali presente nas coisas desiguais da vida. Do comedido até as improvisações da Avó para o almoço. Desde sempre fora assim para ela. Da terra tirava seu alimento, mas embarcações em outros locais a fizera, recuar um pouco. O sonho de cidade grande. Migrações que se tornam rotineiras.
Itaim Paulista da ocasião. Meu bairro. Hoje eu sei. Hoje eu posso dizer, posso saber que esse lugar tão simbólico é meu, são minhas raízes. O pequeno Aruan não correrá em teus campos, mas nasceu ali, onde hoje é o hospital. Ali onde todos os moleques corriam, se jogavam, chutavam bolas, pedras, ventos, matos, terras...
Hoje, olhando pela janela e falando com meu irmão pelo celular vejo onde caminhávamos à tarde, quando minha Avó ainda preparava seu feijão.
Minha esposa chega, ainda se refazendo do parto, mostro-lhe algumas coisas; aponto os lugares e digo o que era antes, numa nostalgia sem fim. Sou assim nostálgico mesmo, mas não apegado ao passado, apenas nostálgico. Relembro essas coisas enquanto meu Aruan está na maternidade ganhando peso. Tão pequeno, seus cabelos pretos ainda um pouco grudados; eu o pego às 3 da manhã e choro. Falo das histórias enquanto ele abre um olhinho e me observa sem questionamentos. Explico-lhe que logo logo ele vai sair dali, só falta uns quilinhos, só isso. Ele volta a dormir tranquilamente no seu berçinho aquecido.
As simbologias estão em tudo, desde sempre foi assim. A gente se torna tão escasso nessa vida que não percebe nada, mas em situações tão delicadas, quanto o nascimento de um filho, o sentido torna-se, outra vez, fervoroso. As atenções e os sentidos aguçados. Quando saímos de casa para o hospital eu estava assim, mas também estava tenso, ansioso. Minha esposa não. Ela arrumava as malas numa tranquilidade perturbadora. Tudo no seu devido lugar. Sentada na cama com a bolsa no colo ela colocava peça por peça, ajeitando-as com um carinho especial, uma a uma: blusinhas, sabonetes... olhava uma lista e pegava uma peça, olhava outra vez e pegava outra peça. Eu não aguentava aquilo, aquela serena paciência. Tomei um café enquanto tudo acontecia. O mundo da tranquilidade é o mundo da Michele, o meu, talvez, não seja. Saímos. Andando bem devagar. No ônibus as coisas ficam estáveis. Não é pra hoje, é o nosso pensamento. Mas quem sabe? Estou tão ansioso que não falo nada. Nem precisa, tudo é uma questão de tempo. É só esperar.
Mas ainda aconteceria outras situações que nos deixariam perplexos: o hospital, as enfermeiras, as grosserias dos profissionais que estariam ali para te atender com todo o cuidado... quanto despreparo.
Maternidade Leonora, essa mesmo!... ali parece tudo, menos um hospital, talvez até parecesse um hospital público mesmo, se os hospitais tivessem que se parecer com aquilo. Mas sabemos que pode se diferente.
Mulheres sentadas, barrigas cheias; dores extensas tomam o corredor sujo. Enfermeiras, técnicas, profissionais enfim, acostumados com a rotina não se abalam. Gritos numa sala, nasce uma criança. É assim, quanto tem que vir ao mundo vem em qualquer ocasião, são falas... sobre a morte e outras coisas. Mulheres gemendo e gritando. A dor do parto e algo que não entenderei. Nós, homens, somos espectadores nesse momento.
Ficamos ali, eu e minha esposa, sentados na cadeira de plástico, a tv ligada para distrair os lamentos. A hora passa e a lentidão no atendimento é algo que nem a gestapo arquitetaria tão bem. Minha cabeça dói, não compreendo como algumas coisas não mudam. Nós não conseguimos fazer nada. Quanto tempo levará para que consigamos resolver nossos problemas? Estou pensando mas não quero. Xoxa e o padreco cantam e dançam felizes da vida enquanto um casal de bolivianos os olha com olhar de pertinência. As dores e as falas; as transgressões e os sonhos; os sentidos da memória, que trava com uma busca pelo que se tem e não aquilo que se quer. As imagens que temos quando deflagrado com uma situação incomum , tão comum, ao cotidiano.
Esse é o motor que gira e gera essa metamorfose da vida? enquanto ela pulsa querendo estar vai haver a beleza do maravilhamento? Minhas perguntas são, agora, um nada tão pequeno em relação a tudo isso que vejo e sinto. Mas estão aqui comigo e quem sabe eu não as leve para outro patamar... quem sabe...
A estupidez e a insensatez reinam no ambiente. Chega nossa vez de sermos atendidos, mas não entendidos. A falta de polidez da profissional atinge minha esposa de cheio; é a nossa vez. A indelicadeza é repleta e não vale os choros dos pacientes aqui. Se sua pressão subir tome algum remédio, injeção é mais comum... mas não queremos ficar nesse ambiente denominado hospital, nos pronunciamos com a médica, assinamos o termo de responsabilidade e fomos embora para outro hospital, esse sim, mais digno, mais salutar: Casa de Maria, no Itaim Paulista. Ali fomos atendidos e entendidos como deveria ser em qualquer local, público ou não.
Depois de toda confusão passada, com a pressão alta minha esposa não poderia ficar ali, pois não daria para o parto natural. Uma ambulância nos conduziu para o Hospital Santa Marcelina, construído sobre o terreno que ontem era um grande campo de futebol.

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fanzine irracional e emocional