Nas passadas é que ouço;
o vento é mais um ser.
Penso em inúmeras possibilidades do cotidiano.
Então não saio.
Aquelas passadas não são
o que eu poderia imaginar.
Apenas mais alguma coisa que se mexe.
Aliás tudo se mexe nesse âmbito da inexistência:
minha inexistência ambígua.
Só com o tempo.
O tempo que não existe.
Só com a moradia aleatória.
O que mais penso?
Uma música só.
Em prantos pela surdina.
O vento que sopra é o mesmo
que me engana pelos ouvidos.
Um só auditivo e pensativo.
A mente que viaja pelas
circunferências inexatas
desse caixote que apelidamos de mundo...
um quê de quaisquer quês...
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