infância no bairro distante

daqui de casa eu me vejo,
recordo minha infância no bairro distante
soterrado pelas brincadeiras
e vestindo uma roupa simples
de moleque de rua
as unhas imundas da própria terra
bolinhas de gude me fazendo companhia às 8 da manhã
e o café com pão tomado ao lado
de amigos,
sentado nas pedras...
nos escombros das construções
desconstruindo a vida
daqui de casa,
desta nova casa,
penso esse passado recorrente
como num sonho flanado
caminho entre essas brechas da memória
recorro aos sentimentos sutis
percebo detalhes do tempo imberbe
do tempo passado entre o presente e o futuro
daqui vejo tudo e me sinto reconfortável
daqui sou um ser prestes a transgredir
qualquer coisa de imposição...

Um comentário:

Anônimo disse...

depois vai ver as fotos da minha amiga: www.chryscampos.com

mijar

fanzine irracional e emocional