REMATE - jonilson montalvão

Minha impaciência calada
depois de tudo,
argumentada...
como um poeta destinado ao fracasso.
Como um banguela das ruas,
sozinho com todos ao redor...
num céu azul-cinza,
num trânsito sedentário.
Fragmento daquilo tudo
que não volta
ao sentido,
Como uma droga que
transcende ao querer
Vontade vontades...
Quando o vento tocar na fresta
Idiota...
Da janela desse apartamento,
da visão retida no azul-cinza da cidade,
cidade que não me quer
e mesmo assim aqui estou
pairando sobre as conclusões
mais retrogradas da iminência;
da retórica...
Calada.

Nenhum comentário:

mijar

fanzine irracional e emocional